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Comissão de Saúde da Alesc debate desafios dos 140 mil pacientes com epilepsia em SC

Foto: Divulgação/Agência AL

Por: Ewaldo Willerding Neto

09/04/2025 - 11:04 - Atualizada em: 09/04/2025 - 11:39

Com uma população estimada de 140 mil pessoas sofrendo de epilepsia, Santa Catarina precisa reimplantar o Centro Cirúrgico de Epilepsia, que funcionou entre 2008 a 2015 no Estado. Essa foi uma das demandas apresentadas pela médica neurologista, professora Katia Lin, na reunião com os membros da Comissão da Saúde na manhã desta quarta-feira (9) no Parlamento.

A presença da especialista foi um convite do deputado doutor Vicente Caropreso (PSDB), que observou a importância desse debate para definir políticas públicas para essa parcela da população. “É um problema sério que necessita de apoio, de esclarecimentos e de uma política pública”, observou, pontuando que o debate é para tratar de ações relacionadas ao “Dia Estadual da Conscientização sobre a Epilepsia”, que é celebrado em 26 de março.

Katia Lin, que é ex-presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (gestão 2022- 2024), disse que a doença é um desafio complexo, que necessita de uma abordagem multifacetada e multiprofissional e que Santa Catarina já foi referência nacional no tratamento dessa doença.

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“Precisamos de apoio para reativar esse programa em Santa Catarina, que era referência nacional ao oferecer tratamento cirúrgico para pacientes epilépticos”, disse. A médica apresentou números a respeito da doença.

No Brasil, estima-se que cerca de 3 milhões de pessoas sofrem com epilepsia, que é uma doença neurológica crônica que se caracteriza por crises epilépticas. “A epilepsia é uma doença comum, que afeta homens e mulheres de todas as idades, cerca de 1% da população brasileira, um número que vem aumentando, conforme a proporção de idosos cresce”, alerta.

Ela ainda revela que para enfrentar essa enfermidade é possível promover ações de conscientização, como informar a população sobre a epilepsia, suas causas, sintomas e tratamentos. “Promover a compreensão e desconstruir estigmas, criando um ambiente mais inclusivo”, reitera. Ainda, “iluminar prédios públicos com a cor roxa, em símbolo de solidariedade e apoio aos pacientes e familiares”, sugeriu.

Os membros do colegiado manifestaram apoio a este debate e à adoção de políticas públicas em prol de pacientes epilépticos. Eles observaram que o SUS oferece tratamento, mas que é necessário avançar e se unir à causa apresentada pela médica de reimplantar o Centro Cirúrgico de Epilepsia em Santa Catarina.

“Vamos levar essa demanda à Secretaria de Saúde do Estado”, declarou o presidente da Comissão de Saúde, Neodi Saretta (PT), com o apoio dos demais membros do Colegiado.

Além da presença da doutora Kátia Lin, o diretor executivo da Associação Educadora São Carlos (AESC), Alciomar Marin, aproveitou o momento para divulgar a realização da 15ª Convenção Brasileira de Hospitais, agendada para acontecer em Florianópolis, nos dias 24 e 25 de julho deste ano e que vai reunir mais de dois mil profissionais da saúde em Santa Catarina.

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.