Alguma vez você já pensou em armazenar os alimentos em outro lugar que não na sua geladeira? Talvez não, mas os designers do estúdio holandês Weltevree, sim. Eles perceberam que, apesar de os refrigeradores modernos utilizarem menos eletricidade, as geladeiras ainda são as maiores consumidoras de energia dentro das residências.
Foi pensando em mudar esse cenário que nasceu a Groundfridge, uma geladeira subterrânea sustentável que independe de energia elétrica e armazena e resfria os produtos de maneira natural. A invenção foi finalista do Prêmio Holandês de Design 2015 e já está disponível na Holanda e na Bélgica. O estúdio planeja começar a exportar a geladeira a partir deste ano.
A principal mente por trás do produto foi o designer holandês Floris Schoonderbeek, que se inspirou na arquitetura bioclimática e nas soluções antigas adotadas para o acondicionamento dos alimentos, que antes da eletricidade costumavam ser enterrados.
A geladeira pré-fabricada funciona de maneira autônoma com a capacidade de 20 refrigeradores, o equivalente a aproximadamente 500 quilogramas ou 3 mil litros. E seu funcionamento é simples: a invenção se utiliza do isolamento térmico que o solo proporciona e do efeito resfriador da água subterrânea, fazendo com que a temperatura permaneça em 10º C, a temperatura ideal para frutas, vegetais, vinhos e queijos.
Para instalar a geladeira, a pessoa só precisa enterrá-la a pelo menos um metro de profundidade, sem precisar deslocar a terra para outro lugar ou de permissões específicas para seu funcionamento.
A comparação é inevitável: enquanto 20 geladeiras com as melhores performances de energia consomem juntas 6,6 mil kWh por ano, a Groundfridge tem o mesmo desempenho sem gastar nada de energia elétrica. “É engraçado, na verdade, como essa inovação permaneceu sob nossos narizes o tempo todo”, conta o designer holandês.
Confira o vídeo abaixo para entender um pouco mais sobre a geladeira:
Legal, não é? Basta saber se funcionaria no Brasil, já que aqui o calor quase não dá trégua.
Fotos: Goundfridge
Fonte: Gazeta do Povo
