A COP30 (Conference of the Parties) é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e será realizada em território brasileiro pela primeira vez, entre os dias 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém/PA.
A Conferência reúne os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e tem como objetivo discutir ações para combater as mudanças do clima, permeando temas como aquecimento global, mitigação das emissões de gases de efeito estufa, mercado de carbono, transição energética, combate ao desmatamento e a degradação de vegetação nativa. Participarão da Conferência chefes de Estado, ministros, empresas, cientistas e entidades representativas da sociedade civil.
Ao longo dos anos, a Conferência tem sido palco de decisões históricas. No ano de 2015, na COP 21, em Paris, foi aprovado o Acordo de Paris, que estabeleceu compromissos globais para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, consequentemente, trazendo limites a serem observados por atividades empresariais de diversas áreas. Porém, 2024 foi o ano mais quente da história e o primeiro em que a temperatura média global, infelizmente, ultrapassou os limites estabelecidos.
Esse ponto foi destacado pelo Presidente da COP30, André Corrêa do Lago, em carta aberta divulgada recentemente (disponível no portal da COP30). Nas palavras dele, “a mudança é inevitável – seja por escolha ou por catástrofe. Se o aquecimento global não for controlado, a mudança nos será imposta, ao desestruturar nossas sociedades, economias e famílias. Se, em vez disso, optarmos por nos organizar em uma ação coletiva, teremos a possibilidade de reescrever um futuro diferente”.
Cabe ao mundo alinhar os esforços para colocar em prática todos os planos fixados tanto nas COPs anteriores quanto na COP30, em especial para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.
Por fim, a COP30 também é uma oportunidade para as empresas demonstrarem seu compromisso com a responsabilidade social corporativa. A participação ativa em iniciativas ambientais mostra à sociedade, incluindo clientes, investidores e colaboradores, que a empresa está comprometida em fazer sua parte para combater as mudanças climáticas.
Além disso, a participação na COP ajuda as empresas a compreenderem os riscos financeiros a que estão sujeitas – como por exemplo, aqueles relacionados à cadeia de suprimentos – e a identificar oportunidades de negócios relacionadas à energia limpa, eficiência energética e tecnologias verdes.
O desenvolvimento sustentável tem se mostrado importante propulsor da melhoria na qualidade de vida da população e passou a ser uma preocupação de todos, afinal, investir em sustentabilidade deixou de ser uma opção para se tornar uma decisão de negócio inteligente e indispensável ao sucesso empresarial.
Por
Dr. Ricardo Luís Mayer
OAB/SC 6.962
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