Um homem identificado como Santiago foi condenado a 17 anos de prisão por abusar sexualmente da filha recém-nascida.
O pai da menina, de 27 anos, era garçom e tem origem venezuelana. Ele morava em Madri, na Espanha, junto com a filha e a esposa.
Segundo informações do portal Las Provincias, Santiago que está preso desde setembro de 2023, foi condenado a prisão nesta terça-feira (1º) em julgamento.
Perante o juíz, o homem confessou o crime para conseguir uma redução da pena e declarou que “estava muito doente e não conseguia parar o que estava fazendo”.
Além disso, o garçom está proibido de se aproximar da filha, precisando manter uma distância de 500 metros. Ele também foi privado dos direitos parentais por 10 anos.
Santiago se tornou alvo de investigações depois da Unidade Central de Crimes Cibernéticos, em parceria com o HIS (Homeland Security Investigations), dos Estados Unidos, após detectarem que alguém estava compartilhando pornografia infantil no Discord, X (antigo Twitter) e também na dark web.
Com o avanço das investigações, as autoridades chegaram em Santiago, que já havia sido preso também em 2019 por compartilhar pornografia infantil.
Ele havia se tornado pai recentemente. Ao realizarem uma busca na casa, policiais encontraram provas de que o homem distribuía conteúdos sexuais envolvendo crianças, cerca de 100 vídeos pornográficos de crianças em um celular, alguns descritos como muito agressivos.
Apesar do material encontrado, Santiago foi liberado de primeiro momento.
Durante as buscas, o apartamento onde Santiago morava junto com a família, o proprietário do imóvel e outro inquilino, estava em estado deplorável.
A residência estava cheia de lixo no chão, bitucas de cigarro e resíduos de uso de drogas. Devida a situação, as autoridades denunciaram o incidente aos Serviços Sociais da Comunidade de Madrid, que retiraram a custódia dos pais.
Alguns meses após a liberação de Santiago, as autoridades encontraram imagens do homem colocando o próprio pênis na boca na filha e mensagens convidando terceiros para abusarem da recém-nascida, incluindo propostas de abusos grupais.
A perícia forense no dispositivo móvel, identificou, ao todo, mais de 100 vídeos e 270 imagens contendo material de pornografia infantil, incluindo representações em hentai, desenho japonês de cunho pornográfico.
O conteúdo totaliza 1,72 GB de arquivos armazenados.
Além disso, foram encontradas mensagens convidando adolescentes de 14 anos para fazerem sexo sem proteção, com o criminoso preferindo por alvos de uma estética gótica.