Devido às dinâmicas do núcleo externo, composto principalmente por ferro e níquel em estado líquido, os polos magnéticos da terra estão em constante movimento. Esse movimento, conhecido como deriva polar, tem levantado questionamentos sobre uma possível relação com a ocorrência de terremotos. Embora não haja vestígio científico direto, algumas hipóteses infundadas sugerem que variações no campo magnético terrestre podem influenciar processos geológicos, incluindo a atividade sísmica.
O campo magnético terrestre interage com a litosfera, e alterações em sua intensidade ou direção podem gerar tensões adicionais em falhas geológicas. Estudos indicam que perturbações magnetosféricas, como as causadas por tempestades solares, podem modular pressões em zonas de subducção, potencialmente desencadeando abalos sísmicos em regiões já críticas. No entanto, essa correlação é complexa e depende de fatores como profundidade do foco sísmico e propriedades elétricas das rochas.
Pesquisas recentes analisaram dados históricos de terremotos e variações magnéticas, encontrando certa sincronicidade em períodos de acelerada migração polar ou inversões magnéticas. Contudo, a maioria dos cientistas ressalta que os terremotos são primariamente causados por movimentos tectônicos, e eventuais influências magnéticas seriam secundárias, atuando como gatilhos pontuais em sistemas já sob estresse.
Em resumo, embora o movimento dos polos magnéticos possa, em teoria, contribuir para instabilidades crustais, sua influência direta em terremotos ainda carece de evidências robustas. Mais estudos são necessários para entender essa possível conexão, integrando dados geofísicos e sismológicos em modelos multidisciplinares.