A nova diretoria da OAB SC tomou posse na noite desta terça-feira (11), em Florianópolis, tendo Juliano Mandelli, natural de Caçador, mas residente em BC, como novo presidente. A solenidade foi marcada por discursos fortes, em defesa da advocacia. “Não há justiça sem advogados respeitados. Não permitiremos que qualquer autoridade, de qualquer esfera, trate a advocacia com desprezo ou desrespeito”, declarou, sob aplausos. O recado é claro contra a postura do STF, em especial o ministro Alexandre de Moraes, e a resolução do Conselho Nacional de Justiça, que passou a permitir a sustentação oral gravada. “O STF não pode continuar agindo com poder absoluto”, disparou Mandelli. “A advocacia resistirá firmemente. Defender a advocacia é defender a democracia”, destacou.
Apoio
A posse da OAB SC contou com a presença do presidente nacional da Ordem, Beto Simonetti. Em sua fala, reforçou a defesa da classe: “Nosso papel exige independência e coragem. O direito de defesa deve ser pleno, independentemente de ideologia ou posição política”, reforçou. “ Respeitamos os poderes, mas não renunciamos à crítica construtiva e necessária”.
Movimento
O discurso contra a sustentação oral é ação unificada. A OAB Nacional e suas 27 seccionais lançaram em janeiro movimento nacional contra a decisão do CNJ. “A resolução ameaça o pleno exercício da advocacia ao restringir a prerrogativa dos advogados de se opor ao julgamento em plenário virtual e de realizar sustentações orais síncronas”, afirmou Simonetti.
Não vem mais
A vinda do presidente Lula (PT) a Itajaí, prevista para o dia 20, foi cancelada. É possível que a nova data seja em abril, mas não há nada certo. Nos bastidores, fala-se que a troca de farpas recente com o governador Jorginho Mello (PL) tenha pesado. Lula iria assinar um contrato de mais de R$ 5 milhões em obras no Porto, recentemente federalizado.
Mulheres na Alesc

Foto: Giovanni Kalabaide/Alesc
Homenagem ao Dia Internacional da Mulher foi realizada na sede da Alesc. O presidente, deputado Julio Garcia (PSD), falou sobre a necessidade de maior representação feminina no Legislativo. “No Brasil, a maioria da população é de mulheres, mas no Parlamento a realidade é diferente.” O número de deputadas em SC, que era de cinco em 2018, caiu para três em 2022.