A Suprema Corte dos EUA rejeitou nesta quarta-feira (5) a ordem executiva do presidente Donald Trump que congelava US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,6 bilhões) em ajuda internacional; a corte determinou que os recursos sejam liberados de forma imediata.
As informações são do portal G1.
A decisão foi uma grave derrota para Trump. Cinco dos nove juízes votaram a favor de rejeitar o pedido de Trump, mantendo a ordem do juiz Amir Ali, do distrito de Washington.
Ali determinou a imediata liberação dos fundos para contratados e beneficiários de subsídios da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Departamento de Estado.
O presidente da Suprema Corte, John Roberts, e a conservadora Amy Coney Barrett se juntaram ao voto dos liberais Sonia Sotomayor, Elena Kagan e Ketanji Brown Jackson para formar maioria e rejeitar o pedido da administração Trump. Os juízes conservadores Samuel Alito, Clarence Thomas, Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh discordaram.
A ordem de Ali estabelecia prazo até 26 de fevereiro para o governo desembolsar os fundos.
Segundo estimativas, os valores somam quase US$ 2 bilhões e poderiam levar semanas para serem pagos integralmente.
O presidente republicano, seguindo sua agenda “EUA Primeiro”, ordenou uma pausa de 90 dias em toda a ajuda externa em seu primeiro dia de volta ao cargo, em 20 de janeiro.
Essa ordem, seguida por instruções para suspender operações da USAID ao redor do mundo, colocou em risco a entrega de alimentos e assistência médica, e prejudicou os esforços globais de ajuda humanitária.
Em fevereiro, o governo Trump fez demissões em massa na USAID, a maior agência de ajuda humanitária no mundo, e manteve apenas 6% da força de trabalho.