Grande diferença que vai além da mera escolha de palavras. Reflete uma profunda diferença na forma como enxergamos e valorizamos o ser humano. Muitas pessoas acham que “dá no mesmo”. Errado. Enquanto “pessoa deficiente” reduz o indivíduo à sua condição física, mental ou sensorial, como se a deficiência fosse a essência de quem ele é, “pessoa com deficiência” coloca a pessoa em primeiro lugar, reconhecendo-a como um ser integral, dotado de singularidades, potencialidades e direitos. Essa mudança de perspectiva é fundamental para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa.
A expressão “pessoa deficiente” carrega consigo uma carga pejorativa, como se a deficiência definisse completamente o indivíduo, ignorando suas outras dimensões humanas. Já “pessoa com deficiência” reflete uma visão humanística, que entende a deficiência como uma característica entre muitas outras que compõem a identidade de alguém. Essa abordagem ressalta a dignidade humana e reforça que a deficiência não é um limite para a plenitude da existência.
Essa diferença linguística é crucial porque influencia diretamente a forma como a sociedade trata as pessoas com deficiência. Quando falamos “pessoa com deficiência”, estamos reconhecendo que a deficiência é apenas um aspecto da vida dessa pessoa, e não uma barreira intransponível. Isso abre espaço para a inclusão, para o respeito às diferenças e para a construção de um mundo onde todos possam viver com autonomia e dignidade.
Portanto, a escolha das palavras não é mero detalhe. Ela reflete valores, crenças e intenções. Ao optar por “pessoa com deficiência”, estamos afirmando que cada indivíduo é único, capaz e merecedor de respeito, independentemente de suas características físicas ou mentais. É um passo essencial para uma sociedade que valoriza a diversidade e promove a equidade.