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Arrependimentos tardios – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

04/03/2025 - 08:03

Como você já sabe, já contei aqui, saio todos os dias para caminhar, rigorosamente 55 minutos. Nos ouvidos, para não “perder” tempo, fones e sempre um palestrante americano. Ontem foi a vez de ouvir o professor de Harvard, psiquiatra Robert Waldinger, 74. Durante a fala do professor, ele falou de uma longa pesquisa feita por seu comando sobre a velhice. Bem interessante. E um ponto da palestra me abalou os tímpanos. O professor falou que os homens quando chegam à velhice o de que mais sentem remorsos, culpa, é de ter dado tanta importância ao trabalho. Ouvi e parei a caminhada. Como é que alguém pode ser tão estúpido para sentir danos emocionais pelo trabalho que fez na vida? Pressuponho que o trabalhador não foi escravo, não foi obrigado a fazer o que fez. Se foi leviano ao escolher o trabalho, problema dele, mas que não se queixe disso nos adiantados da vida. E no caso das mulheres, o pior dos remorsos foi ter dado tanta importância aos conceitos alheios. Nisso as mulheres têm muita razão. Mulher pode ser o que for numa grandeza qualquer, sempre haverá alguém a criticando pela idade, pelo corpo, pelos cabelos, pela solteirice, por tudo, mesmo que a mulher seja uma santa, uma deusa. Mulheres são vítimas de comparações e pedradas… E quem as “apedrejam”? Antes de tudo, outras mulheres, e depois os homens que de homens não têm nada, maioria incontável, diga-se de passagem. Maioria, eu disse. Volto aos homens. O casamento do homem com o seu trabalho tem que ser o exercício de uma liberdade plena e, mais que tudo, uma união de propósitos, valores, amor mesmo. Caso contrário será uma “quebra de galho”, coisa típica dos frouxos. O trabalho nos realiza, nos completa, nos orgulha. Não sendo assim, ah, compadre, vá se coçar num arame farpado! E as mulheres teriam, veja bem, teriam, que dar de ombros para as opiniões das rivais (que são as outras mulheres) e seguir em frente sem olhar para os lados e muito menos para trás. As mulheres têm a melhor de todas as forças, a verdadeira força, que é a força mental, muito acima dos homens. Então, por que ficar no atoleiro de depender de opiniões alheias e frustradas? O homem se realiza no trabalho, e a mulher só na independência.

REPETIÇÃO

Ai, Prates, como tu és chato com essas tuas repetições! Concordo, a leitora, o leitor, tem razão, todavia, como se faz para evitar as obviedades? Ouça esta manchete: – “Incontáveis desmaios nos carnavais de rua em razão do calor”. Pois é, no carnaval chegam a desmaiar de calor e esforços físicos tolos, e no trabalho reclamam de tudo, não é mesmo, Geração Z? Será que um dia o mercado comercial irá produzir e vender “espelhos morais”? E quem os compraria?

VERDADES

Quando a pessoa não se garante ela reage a tudo que coloca a sua fictícia coragem e credo em dúvida, em jogo. Esse foi um dos destaques do Carnaval deste ano: reações contra preconceitos e racismo-religioso. E por que isso acontece? Muito simples: a estupenda maioria dos religiosos é religiosa da boca para fora, não acredita de fato no que diz acreditar. Fariseus dos templos, isso sim…

FALTA DIZER

A piadinha que vou contar faz muitos anos que a ouvi pela primeira vez. Mas ela continua incontestável, pelo que vejo e ouço. A tal piadinha envolve as mulheres. E ela diz que “o gatinho faz miau, o cachorrinho faz au-au e a cobra diz: oi, amiga”! Nada sutil.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.