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Cidades com áreas verdes podem oferecer mais qualidade de vida

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Por: Priscila Horvat

03/03/2025 - 08:03 - Atualizada em: 03/03/2025 - 08:56

Cidades com áreas verdes, ainda que pequenas, em meio ao perímetro urbano podem oferecer ar mais puro e mais qualidade de vida para a população.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Veiga de Almeida e da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostrou que o ar no Parque Natural Municipal do Gericinó, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, chega a ser cerca de duas vezes mais puro do que na área urbana do município, embora o parque tenha apenas 800 metros quadrados.

Em outro estudo, os pesquisadores já tinham identificado que o ar da Floresta da Tijuca, uma grande reserva florestal da cidade do Rio, tinha níveis de poluição sete vezes menor do que em outras áreas do município.

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Segundo Cleyton Martins, professor da Universidade Veiga de Almeida e um dos autores do estudo, independentemente do tamanho dessas áreas verdes nas cidades, elas desempenham um papel complementar a essas grandes reservas.

“O nosso estudo indica que a magnitude do efeito benéfico das áreas verdes está correlacionada com o tamanho dessas áreas. No entanto, também ressalta que mesmo áreas pequenas podem impactar positivamente a região local. Também é importante destacar que, em outros estudos nossos, conseguimos observar a contribuição das áreas verdes urbanas na redução das concentrações de gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelas atuais e urgentes mudanças climáticas”, explica o professor.

O pesquisador destaca que os benefícios dessas áreas vão além da melhora da qualidade do ar, contribuindo também para a sustentabilidade para o enfrentamento dos efeitos do aquecimento global e para a saúde das pessoas:

“No cenário de aquecimento global, a expansão e preservação de áreas verdes urbanas são estratégias essenciais para mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas e proporcionam a redução das temperaturas, promovem a conservação da biodiversidade e permitem um contato com a natureza, o que pode levar à redução do estresse e à melhora da saúde mental dos habitantes urbanos”.

Cleyton Martins ainda reforçou a importância de a população ajudar a cuidar desses espaços:

“A conscientização da população sobre a importância desses espaços é fundamental para garantir a sua conservação. Iniciativas comunitárias, como a participação em programas de plantio e manutenção de áreas verdes, podem fortalecer o vínculo entre os cidadãos e o meio ambiente urbano”.

O estudo mediu a quantidade de hidrocarbonetos em dois pontos do Parque do Gericinó: uma trilha a 260 m da entrada do parque e em uma praça localizada a cerca de 1 km da entrada do parque, em área urbanizada. Os hidrocarbonetos são precursores do ozônio, que é um dos maiores responsáveis pela poluição atmosférica.

* Com informações da Agência Brasil

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.