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Questão materna: Baby blues ou depressão? Saiba como identificar os sinais

Foto: Freepik

Por: Priscila Horvat

26/02/2025 - 11:02 - Atualizada em: 26/02/2025 - 11:22

O nascimento de um bebê traz uma enxurrada de emoções maternas, mas nem sempre elas são positivas. Entre as primeiras semanas e os primeiros meses do pós-parto, muitas mulheres passam por períodos de instabilidade emocional, que podem variar de uma leve melancolia até quadros mais graves de depressão.

O chamado baby blues, que afeta até 80% das mães, costuma desaparecer sozinho, mas quando os sintomas persistem ou se agravam, pode se tratar de uma depressão pós-parto – condição que exige atenção e tratamento adequado.

De acordo com a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do instituto MaterOnline, o baby blues é uma reação emocional passageira logo após o parto, que não interfere nas atividades cotidianas. Ele é caracterizado por:

  • Choro fácil;
  • Irritabilidade;
  • Mudanças repentinas de humor.

Esses sintomas geralmente desaparecem em até duas semanas.

Já a depressão é mais grave e pode durar por meses, e traz sintomas como:

  • Tristeza intensa e persistente;
  • Cansaço extremo que não melhora com descanso;
  • Dificuldade em criar vínculo com o bebê;
  • Alterações no apetite (comer demais ou muito pouco);
  • Pensamentos negativos, como sentimentos de fracasso ou culpa.

Quem está mais vulnerável?
Mulheres com histórico de depressão, complicações no parto, falta de apoio ou que passaram por traumas emocionais têm mais chances de desenvolver depressão pós-parto.

Segundo Rafaela, algumas mudanças na rotina fazem diferença na recuperação:

  • Peça ajuda: tarefas do dia a dia podem parecer impossíveis, e isso é normal. Não hesite em acionar sua rede de apoio;
  • Reserve momentos para cuidar de você: mesmo pequenos intervalos podem ajudar;
  • Evite comparações e padrões irreais de maternidade: cada mãe tem uma experiência única;
  • Converse sobre os desafios emocionais durante a gravidez e o pós-parto: o diálogo aberto e o acompanhamento psicológico ajudam no preparo emocional dos desafios dessa fase.

A profissional reforça que o acompanhamento psicológico pode ajudar a prevenir ou tratar precocemente.

A psicóloga alerta que, se os sintomas do baby blues persistirem por mais de duas semanas ou se agravarem, pode ser um sinal de depressão.

“Nesses casos, busque orientação de um psicólogo ou psiquiatra. O tratamento inclui psicoterapia e, em algumas situações, medicação. A participação da família também é importante na recuperação”, reforça.

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.