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Nossa luta permanente – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

26/02/2025 - 08:02

Muitos fatores determinaram nosso jeito de ser. Nós fomos feitos, antes de tudo, pelos pais ou pelos “irresponsáveis” que estiveram por perto de nós durante o período de molde. Estou cansado de falar do “período de molde”, mas não temos saída, esse período é basicamente o alicerce do que somos na vida adulta. Do nascimento aos seis anos não temos defesas de ordem moral na cabeça, aceitamos o que ouvimos e vemos dos mais velhos que no cercaram nesse período inevitável. Ocorre que mais tarde, malgrado todas as infelicidades que nos foram injetadas pelos mais velhos que nos cercaram ou educaram, temos saída sim. Um dos tijolos da construção da nossa psicologia de vida é a nossa liberdade para mudar o modo de pensar. Acabo de ler um estudo – publicado por um professor de Harvard – EUA – que diz que – “Quem quiser ser constantemente feliz tem de mudar freqüentemente”. Mudar o quê? Mudar quase tudo no modo de viver, viver sempre do mesmo modo, diz o professor, enfada, cansa, chateia e leva a pessoa à infelicidade. Bem discutível, mas… Aceitável. Viver, por exemplo, nos apegos do que um dia nos foi bom é uma trapaça contra a nossa felicidade. O que foi vivido não voltará, e se voltar nós mesmos não vamos aceitar. Mudamos ao longo do tempo e não nos damos conta. Chorar por um amor que não deu certo de nada nos adianta. É ajeitar os móveis, lavar a cara e partir para outra. Essas mudanças, sim, nos vão fazer viver novas emoções e, vai saber, nos trazer uma felicidade nem de longe imaginada. A vida é isso, novidades, mudanças o tempo todo, apegar-se, insisto, é falência emocional na certa. Diz a Bíblia que o que é já foi e o que foi será… Será de modo diferente. Um grande amor que foi perdido poderá voltar a fazer bater mais forte o nosso coração, mas… Será outro amor, outra pessoa, uma renovação. A felicidade está nas renovações, no aceitarmos o passado como passado e transformar o presente no grande momento. Quem não pode? Nossa cabeça, mais das vezes, cabeça infeliz porque está cheia de junk-food, coisas passadas que engolimos como se fossem boas, hoje sabemos que foram indigestas. Toda esta conversa, leitora/or, eu estava fazendo comigo mesmo.

ESCOLHAS

Não nos damos conta, mas nossos fracassos costumam ter nome: destino. Destino é algo inevitável, certo? Certo se houvesse destino, o destino nós criamos, invenção para justificar os fracassos. Na infância, escolhemos os nossos brinquedos, nossos amiguinhos; na adolescência escolhemos as diversões, entramos nos vícios, escolhemos o trabalho, sempre escolhas. E sem falar no casamento, escolha nossa, sem despistes. Não deu certo? Culpa “exclusiva” da pessoa infeliz no casamento, ué, gente!

CARNAVAL

Todos anos, quando chega o Carnaval, lembro-me de uma marchinha carnavalesca dos anos 50… Certa altura, a marchinha dizia: – “O bonde São Januário leva mais um operário/ Sou eu que vou trabalhar…”. E o pessoal cantava – “O bonde São Januário leva mais um “otário”/ Sou eu que vou trabalhar”. Trabalhar, para a maioria dos brasileiros, é coisa de otário. Lasquem-se!

FALTA DIZER

O Carnaval está por aí, soltinho da silva… O carnaval oportuniza muita gente a vestir uma fantasia que de fantasia nada tem, são as pessoas se revelando pela fantasia. No passado era muito mais que hoje, hoje ninguém esconde mais nada, porém… O carnaval continua bonzinho para muitos dos que usam máscaras durante o ano, e as máscaras que usam no carnaval não são máscaras, são eles mesmos…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.