A Polícia Federal cumpre 11 mandados de busca e apreensão e dois de busca pessoal contra pessoas supostamente ligadas ao deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), por suspeita de desvio de emendas parlamentares. De acordo com as primeiras informações, emendas de Motta para um hospital filantrópico da cidade de Santa Cruz (RS) teriam sido parcialmente desviadas através de um “contrato de propina”, que definiu um percentual sobre os repasses.
Um assessor de Motta e mais uma pessoa são alvos da Operação EmendaFest em cidades do Rio Grande do Sul e em Brasília. A reportagem tenta contato com o deputado.
A Justiça também determinou o afastamento do cargo e das funções públicas de dois investigados, além do bloqueio de valores de contas de pessoas físicas e jurídicas. Os mandados são cumpridos nas cidades gaúchas de Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Lajeado, além da capital federal.
Imagens divulgadas pela Polícia Federal apontam que quantias em espécie de Real foram apreendidas durante o cumprimento dos mandados, mas os valores não foram divulgados. Os mandados para esta operação foram autorizados pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Motta é advogado e produtor rural e está no quarto mandato na Câmara dos Deputados. Ele ainda atuou como secretário de Estado na gestão de Tarso Genro (PT), no Rio Grande do Sul, entre os anos de 2011 e 2013.
Segundo a Câmara, Afonso Motta integra a representação brasileira no Parlamento do Mercosul e participa da Comissão Externa sobre danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado. Ele recebe um salário bruto de R$ 46,3 mil e emprega 27 pessoas em seu gabinete.
* Com informações da Gazeta do Povo.