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Florianópolis começa 2025 com maior inflação entre capitais, mostra Udesc Esag

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Por: Ewaldo Willerding Neto

12/02/2025 - 08:02 - Atualizada em: 12/02/2025 - 08:44

Florianópolis registrou em janeiro a maior inflação entre 17 capitais brasileiras, tanto em relação ao índice mensal (1,20%), quanto no acumulado em 12 meses (6,63%). Com o aumento médio de 19,2% nas passagens de ônibus urbano no início do ano (preço que não havia subido em 2024), a inflação local também se descolou mais ainda do índice nacional, que baixou para 4,56% no acumulado dos últimos 12 meses.

A inflação em Florianópolis é medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O ICV é calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que também mede a inflação oficial nacional. Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.

Inflação nos últimos 12 meses:

1 Florianópolis * 6,63%
2 São Luís (MA) 5,30%
3 Belo Horizonte (MG) 5,25%
4 Salvador (BA) 4,91%
5 São Paulo (SP) 4,90%
6 Brasília (DF) 4,88%
7 Aracaju (SE) 4,67%
8 Goiânia (GO) 4,61%
9 Campo Grande (MS) 4,61%
  BRASIL 4,56%
10 Fortaleza (CE) 4,31%
11 Rio de Janeiro (RJ) 4,29%
12 Grande Vitória (ES) 4,23%
13 Belém (PA) 4,15%
14 Curitiba (PR) 3,93%
15 Rio Branco (AC) 3,91%
16 Recife (PE) 3,83%
17 Porto Alegre (RS) 3,40%

* Inflação medida pelo ICV/Udesc Esag, com a mesma metodologia do IPCA/IBGE, usado para as demais capitais e para o índice nacional.

O índice acumulado dos últimos 12 meses oferece melhor comparação das variações de preços entre as cidades do que a inflação mensal. O dado de 12 meses evita distorções provocadas por aumentos que acontecem apenas em determinadas épocas do ano, mas não ao mesmo tempo em todas as regiões, como as tarifas de energia, por exemplo.

Inflação em janeiro de 2025

1 Florianópolis 1,20%
2 Aracaju (SE) 0,59%
3 Brasília (DF) 0,56%
4 Belo Horizonte (MG) 0,43%
5 Salvador (BA) 0,38%
6 Grande Vitória (ES) 0,35%
7 Belém (PA) 0,22%
  BRASIL 0,16%
8 São Paulo (SP) 0,15%
9 Recife (PE) 0,12%
10 Fortaleza (CE) 0,11%
11 Rio de Janeiro (RJ) 0,06%
12 Campo Grande (MS) 0,04%
13 Goiânia (GO) -0,03%
14 Porto Alegre (RS) -0,03%
15 São Luís (MA) -0,08%
16 Curitiba (PR) -0,09%
17 Rio Branco (AC) -0,34%

Preços locais

Como o transporte público tem reajuste uma vez por ano, o aumento das passagens de ônibus urbano de Florianópolis teve um efeito significativo em janeiro, mas não está entre os preços que mais subiram ao longo dos últimos 12 meses na cidade. Nesse período, o maior aumento foi o do café, que subiu 43,1% (em pó) e 33,6% (solúvel).

Entre os 12 produtos que mais subiram nos últimos 12 meses, 9 são alimentos. Além do café, isso inclui cortes de carnes como filé mignon (34,2%) e patinho (30%), frutas como laranja paulista (34,5%), morando (29%) e maçã (28%), azeite de oliva (33,6%) e alho (28,9%).

A lista dos 12 maiores aumentos é completada por três itens não alimentares: amoníaco para limpeza (43,1%), ferragens (32,6%) e analgésicos (30,1%).

No conjunto, no entanto, a maior variação nos últimos 12 meses entre os nove grupos de preços pesquisados foi a dos transportes (8,87%). Depois vêm Alimentação e Bebidas (8,06%), saúde e cuidados pessoais (7,40%), habitação (7%) e despesas pessoais (6,64%).

Os outros grupos de preços pesquisados tiveram aumentos abaixo da inflação geral em Florianópolis (6,63% em 12 meses). É o caso de educação (4,10%), artigos de residência (3,52%), e serviços de comunicação (1,60%). O vestuário foi o único grupo com variação negativa (-1,90%).

Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.