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“Motosserra 2.0”: Milei mantém cortes e extingue secretaria

Foto: Instagram/Reprodução

Por: Ewaldo Willerding Neto

11/02/2025 - 16:02 - Atualizada em: 11/02/2025 - 16:37

O governo de Javier Milei decretou nesta terça-feira (11) a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Territorial, Habitat e Moradia, medida que, segundo o ministro da Desregulamentação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger, representa o primeiro passo da “Motosserra 2.0”, após a promessa do presidente de continuar com os cortes em seu segundo ano de gestão.

“O Decreto 70/25, assinado por Javier Milei e [o ministro da Economia] Luis Caputo, inaugura uma série de medidas que chamamos de ‘Motosserra 2.0’”, anunciou Sturzenegger em seu perfil no X, onde explicou que esta segunda etapa dos cortes promovidos pelo governo “consiste em nada mais e nada menos que rever a utilidade de cada área do Estado para descontinuar aquelas que não se enquadram nos objetivos fixados pelo governo”.

A extinta secretaria funcionava no âmbito do Ministério da Economia e executava mais de dez programas de financiamento, desenvolvimento e concessão de moradias, alguns dos quais já haviam sido congelados por decreto durante a atual gestão.

“Para resolver o problema habitacional do nosso país, que dura décadas e que os governos anteriores não conseguiram resolver, a solução não é construir moradias em lugares disfuncionais”, opinou Strzenegger, que considerou que a solução está em “ter uma estrutura macroeconômica ordenada e um Estado pequeno que libere recursos para que o crédito privado habitacional possa crescer”.

O ministro destacou ainda que “a construção de moradias, em qualquer caso, poderá ser um recurso que decidam utilizar as províncias ou municípios” e destacou que o encerramento da secretaria permitirá “economia significativa em pessoal”, bem como no custo de edifícios, equipamentos e serviços.

A Secretaria extinta contava com três subsecretarias: Desenvolvimento Territorial, Habitat e Habitação e Integração Sociourbana. Enquanto as duas primeiras foram formalmente eliminadas, a terceira ficará agora sob a alçada do Ministério das Obras Públicas, que ampliará seu escopo de atuação para incluir questões de infraestrutura habitacional.

Paralelamente, uma equipe desta secretaria ficará responsável por “entender tudo o que diz respeito à conclusão, encerramento e transferência dos programas e projetos na área de desenvolvimento territorial, habitat e habitação” pertencentes à pasta eliminada.

Esta reestruturação também atribui às Obras Públicas a gestão das obras relacionadas ao espaço público e a responsabilidade de fazer o levantamento de terrenos baldios para planejamento urbano, em coordenação com organizações nacionais e provinciais.

Os funcionários que até o momento atuavam na carteira eliminada estarão sujeitos a um processo de realocação ou demissão de acordo com a regulamentação em vigor.

* Com informações da Gazeta do Povo.

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.