A peça lotou o Teatro Fernanda Montenegro, em Curitiba, nesse sábado (8), reafirmando a atemporalidade da história de Anne Frank e sua importância para a memória coletiva. Produzida, adaptada e dirigida por Leonardo Talarico, a peça traz uma interpretação sensível e comovente da atriz Poliana Carvalho, que dá vida à jovem judia com uma intensidade capaz de tocar profundamente o público.
Baseada no Diário de Anne Frank, a peça não se limita a recontar os horrores do Holocausto, mas resgata a humanidade e os sonhos interrompidos por um dos períodos mais sombrios da história. Anne não é apresentada apenas como uma vítima, mas como uma adolescente cheia de vida, esperança e questionamentos sobre o mundo. O texto enfatiza sua personalidade vibrante e sua resiliência diante das adversidades, provocando uma reflexão necessária sobre intolerância, preconceito, supremacismo e autoritarismo.
A direção cuidadosa de Talarico transforma o palco em um espaço íntimo e emocional, aproximando a plateia da realidade vivida por Anne e sua família no anexo secreto em Amsterdã. A atuação de Poliana Carvalho é arrebatadora, transmitindo com autenticidade o medo, a esperança e a coragem da protagonista. O espetáculo reforça a necessidade de manter viva essa memória, para que tragédias como essa nunca mais se repitam.
Em tempos de polarização e discursos de ódio, Anne Frank – A Voz que se Tem na Memória é um lembrete doloroso, mas essencial, sobre os perigos da intolerância, do extremismo, do fanatismo, e da necessidade da força da resistência e do conhecimento. Anne Frank vive!!!