O MDB e o PP integram o governo Jorginho Mello. O PP é representado na figura do ex-presidente da Assembleia, Sílvio Dreveck, que ocupa a Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável.
O MDB, por sua vez, com o deputado estadual licenciado Jerry Comper, exercendo a poderosa Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade. O PP não faz nenhum movimento avaliando a possibilidade de desembarque. Pelo contrário, inclusive o governador pretende dar mais uma posição, não de primeiro escalão, ao partido, que tem três representantes na Assembleia.
Já o MDB tem o dobro. São seis. E como deseja, também, manter o partido no âmbito administrativo, o governador acena com outras duas secretarias ao Manda Brasa. Uma já estaria engatilhada para o primeiro suplente, que hoje ocupa a vaga de Jerry Comper, Emerson Stein. Ele deve assumir a Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde.
Pulou fora
A pasta da Agricultura foi inicialmente oferecida a Antídio Lunelli, que havia aceitado, mas depois declinou na medida em que não foi oferecida a ele nenhuma autonomia em termos de preenchimento das posições-chave da própria Secretaria e das empresas vinculadas.
Porteira fechada
O governador acabou cedendo. Não só os cargos comissionados como também as diretorias do Epagri e da Cidasc, mas foi tarde demais. Antídio já havia tomado a decisão de continuar na Assembleia.
Conterrâneos
Existe agora a possibilidade, de repente, de Carlos Chiodini substituí-lo. Eles (Chiodini e Antídio), que são de Jaraguá do Sul, muito próximos, embora, no contexto do domicílio eleitoral, Chiodini tenha se transferido para Itajaí, onde disputou, inclusive, as eleições do ano passado. Então, essa situação está mais ou menos estabelecida.
Prazo
Tudo leva a crer que, até este fim de semana, o MDB confirme a presença mais vigorosa no governo. Até porque Carlos Chiodini acabou não sendo contemplado com nada em termos de mesa diretora da Câmara dos Deputados em Brasília. O deputado preside o MDB catarinense.
Perfil
E como vai para o colegiado, nada mais natural que entregue o comando partidário àquele nome que, hoje, é o principal quadro emedebista, que é justamente o empresário Antídio Lunelli.
Ele, inclusive, disputou na convenção em 2022 para ser pré-candidato ao governo, e foi derrotado pela corrente que chancelou o ex-prefeito Udo Döhler como vice de Carlos Moisés, dupla que não chegou ao segundo turno.
Missão
Então, Antídio ficaria com a missão de construir um projeto proporcional do partido, com candidaturas à Assembleia e à Câmara. E também aonde o MDB poderia vir a se inserir no contexto majoritário, seja com uma candidatura própria ao governo, seja integrando uma coligação encabeçada por Jorginho Mello ou liderada por João Rodrigues.
História
A última candidatura própria do MDB ao governo foi de Mauro Mariani em 2018 quando não chegou ao segundo turno.
Homem forte
Além do MDB, tem o PP, que é comandado pelo ex-deputado estadual e federal, Leodegar Tiskosky, da confiança do senador Esperidião Amin.
Mas, não é de hoje que os três deputados estaduais, Zé Milton, Pepê Collaço e Altair Silva, reivindicam o comando partidário.
Respaldo
Essa é uma outra questão que também vai entrar na pauta. Agora, é muito mais provável Antídio comandando o MDB do que um dos três deputados estaduais pilotando o PP catarinense.