É diferente anatomicamente comparado ao que não lê. Há diferenças importantes, que são resultado da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar em resposta a estímulos e experiências. Veja a seguir as principais diferenças cientificamente observadas:
- Espessamento Cortical e Estrutura Cerebral: Estudos mostram que leitores assíduos têm um córtex mais espesso em áreas relacionadas à linguagem, como o polo temporal anterior e a circunvolução de Heschl, no hemisfério esquerdo. Essas regiões são essenciais para o processamento de palavras, associação de conceitos e integração de informações sensoriais e motoras.
- Mielinização: A leitura intensiva também está associada a uma maior mielinização das fibras nervosas, o que acelera a transmissão de informações e melhora a eficiência cognitiva.
- Ativação de Múltiplas Áreas Cerebrais, com Integração Sensorial e Cognitiva: A leitura ativa simultaneamente áreas visuais, auditivas e motoras do cérebro. Por exemplo, ao ler, o cérebro realiza uma varredura rápida de palavras, associando grafemas (letras) a fonemas (sons), o que envolve tanto o córtex visual quanto áreas auditivas.
- Processamento Semântico e Contextual: Leitores experientes mostram maior atividade em regiões associativas, como o lobo temporal esquerdo e o córtex pré-frontal, que são responsáveis pela compreensão de significados e contextos.
- Desenvolvimento de Habilidades Cognitivas, memória e aprendizado: A leitura fortalece a memória de trabalho e a capacidade de armazenamento de informações a longo prazo. Isso ocorre porque o cérebro cria novas sinapses e aprimora a capacidade de processar e reter informações.
- Fluência e Vocabulário: Leitores frequentes desenvolvem um vocabulário mais amplo e uma maior fluência linguística, o que facilita a compreensão de textos complexos e a expressão de ideias.
- Prevenção de Doenças Neurodegenerativas, redução do risco de Alzheimer e Demência: A leitura regular está associada a um menor risco de desenvolver doenças como Alzheimer, pois mantém o cérebro ativo e estimulado. Em casos em que a doença ocorre, o hábito de leitura pode retardar seu aparecimento.
- Diferenças na Estrutura Neural, poda neural: Durante a infância, a leitura promove uma “poda neuronal” eficiente, eliminando conexões desnecessárias e fortalecendo as essenciais. Isso resulta em um cérebro mais ágil e eficiente para o processamento de informações complexas.
- Neuroplasticidade: A leitura contínua ao longo da vida mantém a neuroplasticidade, permitindo que o cérebro se adapte e aprenda mesmo na idade adulta.
- Impacto no Hemisfério Esquerdo, lareralizacão: A leitura fortalece o hemisfério esquerdo do cérebro, que é dominante para a linguagem. Isso inclui áreas como o córtex pré-frontal inferior e o lobo temporal, essenciais para a compreensão e produção de linguagem.
Portanto, a prática diária e diversificada da leitura enriquece o conhecimento e a cultura, e transforma fisicamente o cérebro, tornando-o mais eficiente, ágil e resistente a doenças. Essas mudanças são um testemunho do poder da leitura como uma ferramenta de desenvolvimento cognitivo e cerebral. Então, leia!!!