O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (4) que quer “tirar todos os moradores” da Faixa de Gaza de forma “permanente”. A declaração foi dada ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em visita à Casa Branca.
As informações são do portal G1.
Trump já havia dado declarações de que “não restaria escolha” aos palestinos além de deixar o território, reduzido a escombros na retaliação israelense a um ataque do grupo terrorista Hamas em outubro de 2023; o conflito vive uma trégua após a assinatura de um acordo de cessar fogo.
Trump afirmou que os moradores de Gaza precisam ser realocados para outro país e que algo precisa ser feito para que não precisem ou queiram retornar à Gaza. “Espero que possamos fazer algo para que eles não queiram voltar. Quem iria querer voltar? Eles não experimentaram nada além de morte e destruição”, afirmou.
Trump disse que conversou com as autoridades da Jordânia e do Egito para que ambos os países recebessem moradores de Gaza. Segundo o presidente, outras nações também poderiam ajudar com áreas para a construção de casas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu a Trump pelos esforços na negociação para um cessar-fogo com o Hamas. O premiê não citou o ex-presidente Joe Biden.
O cessar-fogo foi anunciado no dia 15 de janeiro, na última semana da gestão Biden, em um esforço que durou mais de seis meses e chegou a ser travado múltiplas vezes ao longo de 2024.
Mesmo antes da posse, a equipe de Trump teve um papel importante para que o cessar-fogo fosse alcançado. O republicano enviou Steve Witkoff para participar das conversas. Segundo Biden, as equipes trabalharam como se fossem um só time.
O cessar-fogo entrou em vigor no dia 19 de janeiro e será aplicado em três etapas. Na primeira fase, o Hamas se comprometeu a libertar 33 reféns que estão sob o poder do grupo terrorista desde outubro de 2023.
Em troca, Israel está libertando prisioneiros palestinos. A segunda fase do acordo deve prever a libertação dos demais reféns que estão sob o poder do Hamas, incluindo a devolução dos corpos daqueles que já morreram.