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O melhor remédio – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

28/01/2025 - 07:01

Muitos já disseram que a verdade é o melhor dos remédios para os nossos males. Machado de Assis já dizia que “a verdade é um remédio muito amargo, mas é o único que nos confere saúde moral”. O diacho é que, quase sempre, a verdade nos joga lá embaixo. Dia destes, li e guardei a mensagem trazida pelo meu horóscopo, uma mensagem que serve para todos, de todos os signos. Ouça a mensagem: – “Ouvir algumas verdades pode não ser um acontecimento confortável, mas é, sem dúvida alguma, libertador. Portanto, tente não reagir negativamente de imediato, mas respirar e absorver bem as informações”. Hoje os horóscopos são assim, nada de previsões ou futurologias como eram no passado. Então, vamos lá. Quando é que nos dizem verdades? Ora, quando estamos em desacordo com alguém, quando estamos brigando, discutindo, especialmente na vida familiar. Alguém me diz uma verdade amarga, e aí, é engolir e tirar o time de campo? É de pensar. Geralmente, os nossos desafetos nos dizem verdades que socialmente nossos “amigos” não diriam, não diriam na nossa frente, não sejamos ingênuos. Ou será que a leitora, o leitor, nunca falou nada de desagradável longe de um “amigo” distante? O que acabo de dizer é o convencional, digamos, os comportamentos educados, não falar mal de ninguém que não nos esteja por perto, todavia… Devemos falar, sim, o que alguém precisa ouvir. Claro, de um modo amigável, mas se ninguém disser nada a pessoa vai continuar marchando de passo errado na vida. Amigo que é amigo fala cara a cara com quem precisa ouvir, será para o bem da pessoa. Agora, cá entre nós, sabemos que ninguém gosta de ouvir certas “verdades” sobre si mesmo, como correções ou advertências. Tanto isso é verdade que não é outra a razão do sucesso das psicoterapias, da psicanálise. Nesses momentos, a pessoa vai sentar-se diante de um “estranho” e vomitar suas fraquezas. Claro, paga por isso, mas desabafa, o que já é um alívio. Encurtando a conversa, brigas, discussões são momentos, vivências desagradáveis, mas que nos podem mudar a vida. E o primeiro passo para essa mudança é não fechar as orelhas na hora dos desacertos com alguém, a verdade nos pode chegar por batidas no tímpano.

VIRTUDES

Até ontem eu pensava que eram virtudes, virtudes coisa nenhuma. Andava ouvindo que os jovens de hoje são avessos às bebidas alcoólicas, evitam o álcool. Ontem, ouvi um médico falando disso, mas dizendo da verdade: os tais jovens, “virtuosos”, a grande maioria dos abstêmios, o são em razão dos remédios que tomam para serem “viris” ou para combater suas depressões, suas “loucuras”. Remédios e álcool não se casam, logo, a virtude dos virtuosos sai pelo cano.

ELAS

Li ontem num jornal de São Paulo – “Desde cedo, muitas meninas são bombardeadas por mensagens de padrões estéticos e comportamentais específicos…”. Sim, as gurias, desde o berço, têm que ser “lindinhas”, crescer lindinhas e envelhecer lindinhas. Que falta de educação, que as famílias mudem a educação das meninas e que elas, crescidas, imponham-se diante dos consumidores de Viagra… Ou as mulheres se autorrespeitam ou vão continuar bíblicas: – “Mulheres, sede submissas a vossos maridos…”!

FALTA DIZER

Duas influencers conversando num programa no canal Multishow, uma delas pergunta à outra: – “O amor e a paixão podem voltar depois dos 40”? Vou responder pela questionada: – O amor, minha querida, pode-nos surgir em qualquer idade, e surgir a provocar, sim, borboletas no estômago. Nossa capacidade de amar é eterna, não envelhece.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.