A China revelou nesta semana projeto espacial que promete gerar tanta energia em um ano quanto “todo o petróleo que pode ser extraído da Terra”. Long Lehao, projetista-chefe dos foguetes Long March da China e membro da Academia Chinesa de Engenharia, anunciou o projeto de uma usina solar em órbita, segundo informações do South China Morning Post.
O projeto constituiria uma matriz solar de um quilômetro de largura em órbita geoestacionária a 36 mil quilômetros da superfície da Terra, e foi comparado à usina de Três Gargantas, o maior projeto hidrelétrico do mundo, situado no rio Yangtze, na China, gera atualmente 100 bilhões de quilowatts-hora de eletricidade por ano, de acordo com o site Live Science.
Um cientista da Nasa chegou a estimar que, se a imensa massa de água dessa represa fosse completamente preenchida, a rotação da Terra diminuiria em 0,06 microssegundos.
No espaço, a luz solar é dez vezes mais intensa do que na superfície terrestre, e não há necessidade de se preocupar com dias nublados ou ciclos dia-noite; Segundo Lehao, os painéis poderiam coletar energia constantemente e enviá-la à Terra sem fios, por meio de ondas de rádio de alta energia, até receptores terrestres.
“É tão significativo quanto mover a Barragem das Três Gargantas para uma órbita geoestacionária a 36 mil km acima da Terra.”, explicou
Para viabilizar o projeto, a China está desenvolvendo o foguete Long March-9 (CZ-9), um gigante reutilizável capaz de transportar mais de 150 toneladas. Ele não será apenas crucial para a construção da usina de energia solar, que exigirá vários lançamentos, mas também para os planos da China de estabelecer uma base de pesquisa lunar até 2035.