Uma das melhores formas de começar o ano bem é colocando o check-up em dia. O acompanhamento médico e a realização de exames de rotina são fundamentais para prevenir e identificar doenças, como as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
De acordo com a Associação Paulista de Medicina, entre 2010 e 2024, o Brasil registrou 1.538.525 casos de sífilis, uma das ISTs mais comuns do país.
Segundo a sexóloga Li Rocha, da Rilex Preservativos, as ISTs envolvem mais de 30 tipos distintos de bactérias, vírus e parasitas.
“As Infecções Sexualmente Transmissíveis abrangem uma variedade de doenças causadas por diferentes microrganismos, algumas são mais conhecidas e outras nem tanto. Porém, todas podem causar algum impacto na saúde e devem ser investigadas para um diagnóstico completo e preciso”, explica.
Uma das principais formas de transmissão dessas doenças é através do contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada. Esse contato pode acontecer durante as relações orais, vaginais ou anais, quando não se utiliza preservativo.
“O preservativo ainda é a forma mais eficaz de prevenção contra as ISTs. Quando usamos o preservativo corretamente, conseguimos evitar a transmissão de diversas doenças, como HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, entre outras. A proteção é responsabilidade de todos, e usar o preservativo é uma forma de cuidar de si mesmo e do outro, garantindo uma vida sexual segura, saudável e prazerosa”, afirma.
Ainda de acordo com a especialista, existem outras formas de transmissão, além do contato durante o ato sexual.
“A contaminação pode ocorrer também da mãe para o bebê durante o período gestacional, no parto ou durante a amamentação e, embora de forma menos frequente, por meio do contato entre mucosas ou machucados na pele com secreções corporais contaminadas”, acrescenta a especialista.
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Os sintomas das ISTs podem variar, mas incluem geralmente feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, além de dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de gânglios (ínguas).
“Portanto é importante lembrar que nem todas as ISTs apresentam sinais clínicos, mas mesmo assim podem evoluir para complicações mais graves, como câncer e infertilidade. Por isso, é fundamental realizar exames de rotina e consultas médicas regulares para, assim, ter um diagnóstico precoce e conseguir realizar o tratamento adequado”, ressalta Li Rocha.
Para diagnosticar ISTs, são utilizados exames laboratoriais e técnicas moleculares, como a PCR em Tempo Real.
“Os exames moleculares são indicados para casos sintomáticos e para rastrear pessoas assintomáticas que tiveram exposição de risco. É fundamental também realizar testes regulares para ISTs, especialmente após relações sexuais desprotegidas ou exposição de risco”, comenta a sexóloga.