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Ninguém ficará impune – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

22/01/2025 - 08:01

Nós somos a nossa memória, nada mais. Uma montanha de dinheiro no banco, mas sem uma memória ativa a pessoa vira uma lata vazia. As inquietações vêm do fato de a memória tanto nos fazer lembrar de bons momentos quanto dos muitos sofrimentos vividos. Ser um bom administrador da memória é para poucos. Todos pisamos em casca de banana ao longo da vida. Às vezes, olho para trás e suspiro: Santo Deus, Ataulfo Alves tinha razão quando cantou: – “Eu era feliz e não sabia…”. Toda razão. Acabei de ler uma reportagem num jornal de São Paulo e até parei com o chimarrão. A manchete dizia: – “A cada 4h, uma pessoa com 55 anos ou mais morre por uso abusivo de álcool”. Cinqüenta e cinco anos ou mais? Por que, se a pessoa não é mais criança nem ingênua? Ora, porque foi feliz e não soube aproveitar a felicidade, e agora se encharca de cachaça para aliviar a memória dos erros cometidos. Os homens mais velhos mergulham nas drogas para abafar a consciência de uma autoestima baixa, do tempo não aproveitado, jogado fora. E os jovens fazem parecido como resultado das comparações que os abatem nas redes sociais, redes de ordinários, regra absolutamente geral. Os jovens têm que ter consciência – mas como vão ter se são órfãos de pais vivos? – que eles têm a vida pela frente e a felicidade na palma da mão. Os jovens têm tempo e vida pela frente, mas… Inseguros de toda sorte, drogam-se ou, pior, suicidam-se. Já os “idosos”, acima dos 55 anos, como diz a reportagem, enchem a cara para não abrir espaço para as memórias. Essas memórias lhes são cáusticas, são relhos com urtiga na ponta… Então, melhor, para esses, é encher a cara, minar a saúde e encurtar a vida. Mas aí, eu pergunto: será que esses caras são solteiros, será que não têm família? Só pode. Um sujeito casado, com familiares por perto, como pode viciar-se em álcool ou qualquer droga e ninguém lhe pegar pelo braço e dar umas sacudidas? Uma mulher casada sob hipótese alguma deve aceitar um marido, um amante viciado, quem vai pagar o pato é ela, ah, vai. Não tenho pena dos viciados nem os respeito, um dia eles não foram viciados, mas um dia decidiram ser. Psss…

FROUXOS

Os Estados Unidos abrigam em torno de 300 mil brasileiros ilegais, isto é, frouxos que fugiram do Brasil para, mentirosamente, se realizar lá fora. O Trump está dizendo que os vai deportar. Acho ótimo. E será que esses frouxos ilegais vão finalmente “descobrir” o Brasil? Será que nunca souberam que quem tiver vergonha na cara, arregaçar as mangas e partir para uma realização pessoal vai realizá-la aqui muito melhor que lá? Frouxos de uma figa!

VERDADE

Gostaria que alguém me contestasse com provas. Vamos lá. Será que aqui onde moramos ninguém saiu da pobreza para a riqueza por conta própria? Será que todos os que vivem bem, os “endinheirados”, são herdeiros ou ganharam na Mega-Sena? O pior cego é o que não quer ver, diz o ditado. Mas os levianos acham que só poderão crescer se forem para São Paulo ou Estados Unidos. Frouxos, dissimulados!

FALTA DIZER

Temos aqui no Brasil universidades que nada devem às melhores universidades americanas, nada devem. Dois exemplos imediatos, USP, Universidade de São Paulo e Unicamp, Universidade de Campinas, bah, muito melhores que Harvard e outras falácias americanas. Porém, vá dizer isso aos tontos que nem português sabem falar…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.