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Céu e inferno – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

18/01/2025 - 08:01

De fato, fomos expulsos do paraíso… Do único paraíso real: o ventre materno. Até enquanto vivemos no ventre da mãe vivíamos num paraíso, mas… Bastou nascer para sermos expulsos do paraíso. Ao chegar aqui do lado de fora do paraíso, começamos a ser envenenados. O melhor pai, a melhor mãe nos vão “envenenar” com seus modos, usos e costumes. E em razão do “inferno” que passa a ser a vida humana depois do nascimento, “espertos” criaram as religiões, todas elas foram criadas por humanos, “homens”. Deu nisso que anda por aí: o inferno social, porém… Todos podemos voltar ao paraíso, a um paraíso terrestre, aqui mesmo. Tudo vai depender do nosso modo de pensar, de nos apegarmos e desapegarmos, tudo dependerá dos nossos apegos ou desapegos. Mas a liberdade existe, malgrado as inúmeras heranças emocionais que nos passaram durante o período de molde, aquele tempinho de vida em que as crianças não têm como se defender do que vêem e ouvem. Todavia, todos podemos nos desligar da parede das “heranças” emocionais. E o primeiro caminho é o desapego. O que vale a pena na vida? Somos bichos, ditos racionais, vivemos muito de instintos, uma programação natural na vida. Ocorre que os “instintos” também resultam da expulsão do paraíso, o ventre materno. E aí é que está o demônio em nossas vidas, esse demônio nos dá liberdades de todo tipo, mas nos costuma também trazer à consciência a lembrança do pecado. E o que é pecado na condição humana? É fazermos ações que andam na contramão do que de fato gostaríamos de fazer e não fazemos. O pior dos bandidos sabe disso e vive esse inferno, ainda que aparentemente nos pareça que não… Supondo que vivêssemos no meio do mato, ninguém por perto, será que faríamos alguma coisa “fantasiosa” só para impressionar os passarinhos sobre as árvores? Penso que seríamos honestos e recatados. O inferno na vida vem da vida social, dos apegos, das ostentações mentirosas, invenções nossas. Encurtando a conversa, muitos mendigos, penso, são bem mais felizes que muitos “realizados” na vida. Os mendigos não têm o que ostentar nem o que medir. O céu ou o inferno, admitamos ou não, está dentro de nós, nós somos o nosso anjo ou o nosso demônio.

LEI?

Qualquer lei só será obedecida se houver inflexibilidade na sua aplicação. Lei Federal proibiu os celulares em ambientes escolares, certo? Pois é, mas em Santa Catarina os celulares terão que ser guardados, durante os períodos de aula, dentro da mochila, desligados ou no silencioso. Desse modo safado, quem vai obedecer a lei? Os celulares têm que ser guardados em compartimentos metálicos, com chave e segurança absoluta. De outro modo, os jovens vagabundos vão pintar e bordar, como sempre fizeram.

SAIDINHAS

Veja bem, temos leis para todo tipo de delito, tudo depende do tipo de crime. Pois é, mas ordinários criaram as saidinhas para presos de “bom comportamento”. Só na saidinha de natal, em São Paulo, 1200 desses bandidos não voltaram à prisão. E aí, os safados que criaram a lei vão pagar pelos bandidos ou se desculpar diante de suas vítimas? Eleitos por eleitores rasantes…

FALTA DIZER

Estava numa padaria e aproveitei para tomar um cafezinho. À minha frente estava um velho, o velho pegou o jornal que a padaria deixa para os clientes ler e tossiu mil vezes sobre ele. O jornal ficou pior que papel higiênico, “senhor”! Desavisados iriam pegar aquele jornal mais tarde. Um tipo desses merece respeito? Quantos e quantos…?

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.