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Excesso de bagagem – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

18/12/2024 - 07:12

Vamos supor que você esteja arrumando a mala para viajar. Você vai voar. Quantos quilos pode pesar essa mala? Não mais que uns 25 quilos, acima disso você pagará por excesso de bagagem. Por que as pessoas também não sabem que faz mal à vida o excesso de bagagem mental, no caso inquietações e lixos danosos? Todos nós temos excesso de bagagem mental, coisas ruins, inquietações que nos fazem pagar a taxa existencial sobre o excesso de tolices na cabeça. E será que já tentamos pegar a vassoura da vida para varrer o excesso de neuroses, medos, inseguranças, lembranças inúteis e por aí em diante? Não acredito que haja alguém com uma cabeça bem varrida, nem os monges budistas. Muito do “lixo” da nossa cabeça vem dos valores que damos ao que não tem valor ou de questões que se nos afiguram importantes; na verdade, excesso de bagagem por tolices assimiladas e guardadas desde cedo na vida. Aquele “outrora” grande amor passou, ficou para trás? Então, varrê-lo definitivamente para o lixo da vida, jamais para debaixo do tapete de uma esperança tola. Muita gente quando vai viajar paga por excesso de bagagem em razão de colocar na mala o que não vai ser usado, mas… Por falsa “segurança” a pessoa põe na mala, vai que seja preciso. E assim vamos fazendo com muita coisa que nos inquieta a vida, coisas inúteis, excesso de bagagem mental de valores nulos ou quase isso. Não vamos longe, há na Psicologia os casos clínicos dos chamados “acumuladores”, pessoas que vão juntando inutilidades sobre inutilidades ao longo da vida até transformar suas casas em ambientes tóxicos e quase inabitáveis. Tudo a partir do pressuposto de que o que foi guardado vai um dia ser usado. Em graus diferentes, todos fazemos isso, agora, fique claro: nossa cabeça anda pagando por excesso de bagagem, quase digo de bobagens. O medo tanto pode ser bom quanto mau, cabe a nós saber do medo que devemos evitar e do medo que precisamos enfrentar. Ocorre que para muitos o enfrentamento do que os assusta exige uma coragem até agora inexistente. Essa coragem só vai aparecer quando for tarde. Ou nos livramos do nosso excesso de bagagem lixosa da cabeça ou fiquemos quietos, paguemos pelo excesso de bagagem.

MULHERES

Em muitos lugares do mundo estão fazendo pressões para as mulheres terem filhos, três, no mínimo, como no Japão. Varias razões. No passado, as mulheres tinham oito, dez ou mais filhos. Por quê? Porque os maridos prepotentes, safados, mais tarde vovôs, simplesmente não respeitavam as mulheres, elas que se lixassem… Eles queriam sexo sempre que tivessem vontade, as mulheres que se virassem. Ordinários. Os tempos mudaram, não é mesmo, amiga? Ufa!

CAMINHADAS

Ontem vi um documentário no Canal Viagem sobre a caminhada por Santiago de Compostela, muitos brasileiros entrevistados. Uma formidável tolice. Quem quiser fazer uma caminhada de “Compostela” pode fazê-la por aqui mesmo, sem sair da cidade, afinal, para ver árvores, capim e ruas sem graça melhor é ficar por aqui, ademais, as aventuras na vida estão dentro de nós, no nosso modo de ver a “paisagem” e de respirar ar. Tudo por aqui mesmo e dentro de nós. Fora disso, nem digo…

FALTA DIZER

Nesta época do ano muitos falam em recesso? Que tipo de recesso? Dizem que é no trabalho… Ué, nunca me deram recesso no jornalismo nem na empresa onde meu pai trabalhou por décadas. Recesso é para quem vive com o dinheiro do povo? Ferro. Que os trabalhadores reajam, ferro…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.