Segundo levantamento inédito da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, a média das faturas de cartão de crédito dos brasileiros foi de R$ 1.434,74 no primeiro semestre deste ano. Durante o período, o mês de maio atingiu o maior valor R$ 1.464,25, enquanto janeiro teve o menor ticket médio com R$ 1.412, 43. O estudo foi gerado com base nas informações do Cadastro Positivo.
Em termos de gênero, o ticket médio masculino foi cerca de 24% maior que o feminino no período. Nesse semestre, as mulheres tiveram uma fatura média de R$ 1.293,53 enquanto a dos homens foi de R$ 1.601,28. Os meses de menores gastos foram, respectivamente, janeiro para o público feminino, com R$ 1.268,50, e março, para o masculino, com R$ 1.581,13. Já o mês de maiores faturas médias foi, nos dois gêneros, maio, com tickets de R$ 1.322, 63 (mulheres) e R$ 1.631,50 (homens).
Jaraguá do Sul consolida perfil empreendedor e gerador de emprego em 2024
O estudo também mostra a correlação entre renda e valor de parcela durante o semestre. Na faixa acima de 10 salários-mínimos, o ticket médio ficou em R$ 3.847,23, enquanto na faixa de até um, R$ 408,19. Ainda na faixa de 10 salários, janeiro apresentou o maior valor de fatura no período, com R$ 3.968,94 e março o menor, R$ 3.745,67. Já na faixa até um salário-mínimo, o pico da quantia ocorreu em abril, no valor de R$ 436,28, enquanto o menor em janeiro, com R$ 380,61.
Em relação às regiões do país, o maior ticket médio, nos primeiros seis meses do ano, foi no Centro-Oeste, com o valor de R$ 1.580,17. Já a região com o menor montante de gasto no cartão foi a Norte, com R$ 1.246,52. Em ambas as regiões os meses que tiveram os maiores e menores valores coincidiram. Janeiro apresentou a menor taxa no Centro-Oeste, com R$ 1.549, 12, no Norte, com R$1.217,68. Já as maiores taxas foram em maio, sendo respectivamente, R$ 1.615, 44 (Centro-Oeste) e R$ 1.273,66 (Norte).
Por fim, o último presente no estudo referente ao valor da fatura é a faixa etária. Nesse quesito, as faixas de até 25 anos e acima de 60 anos tiveram as menores médias no período, com valores similares: R$ 1.226,53 e R$ 1.229,22, respectivamente. Já o maior montante, de R$ 1.550,60, foi gasto pela faixa etária de 36 a 50 anos. Considerando ainda essas faixas de idade, os destaques do período foram: até 25 anos, maior valor em maio, sendo R$ 1.325,64 e o menor em junho, R$ 1.123,87. De 36 a 50 anos, a maior fatura média ocorreu em maio de 2024, no valor de R$ 1.574,44 e a menor, em janeiro, com R$ 1.524,47. Na última faixa etária, acima de 60, janeiro concentrou o maior valor médio, atingindo R$ 1.250,14 e maio o menor, marcando R$ 1.219,87.
Pontualidade de pagamentos
O Cadastro Positivo permite identificar se os brasileiros estão pagando suas faturas do cartão de crédito em dia. De forma geral, a média da pontualidade nos pagamentos das parcelas ficou em 81,2% nesse primeiro semestre. No gráfico abaixo, é possível ver a pontualidade mês a mês no período.
“A pontualidade de pagamento do cartão de crédito subiu em junho pelo terceiro mês consecutivo, encerrando, na média, o primeiro semestre deste ano em 81,2%. Isso mostra que o consumidor, de alguma forma, se esforçou para ficar em dia nesta modalidade crédito, a qual é extremamente onerosa. Porém, o aumento da inflação ao partir do segundo semestre pode impactar negativamente os níveis de pontualidade desta bem como das demais modalidades de crédito”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Entre gêneros, a média da pontualidade apresentou um empate técnico. No período, o público feminino obteve uma pontualidade média de 81,2% enquanto o masculino, 81,3%. Olhando para os destaques durante os primeiros seis meses, os dados coincidem. A maior pontualidade, em ambos os gêneros, ocorreu em junho de 2024, empatados com 82,2% Já a menor também aconteceu no mesmo mês, março, com índices de 80,6% para as mulheres e 80,8% para os homens.
Em termos de renda, o padrão se manteve. A maior pontualidade, de 92,5%, foi atingida pela faixa acima de 10 salários-mínimos e a menor, de 71,1%, na de até 1 salário. Considerando essas faixas, temos também os dados sobre os meses que apresentaram maior e menores pontualidades. Até 1 salário-mínimo, abril teve o percentual mais baixo do período, com 69,9% e junho o maior, com 74,0%. Já na faixa acima de 10 salários, janeiro teve a marca de menor pontualidade, com 91,9%, enquanto maio apresentou o maior pico, com 93,2%.
Regionalmente, os maiores percentuais de pagamentos em dia acontecem no Sul e Sudeste, com dados praticamente empatados: 82,6% e 82,5%, respectivamente. Já o dado mais baixo de pontualidade, foi na regional Norte, com 76,6%. Os maiores picos de pagamentos em dia, no período, ocorreram todos em junho: Norte, com 77,8%, Sudeste com 83,1% e Sul, com 83,8%. Os menores índices nessas regiões aconteceram em janeiro, para a parte Norte do país, com percentual de 76,1% e, em março, para o Sudeste e Sul, com 81,9% e 82,0%, respectivamente.
Por fim, o grupo acima de 60 anos apresentou o maior grau de pontualidade com 86,1%. Já os mais jovens, na faixa etária de até 25 anos tiveram menor taxa média no primeiro semestre de 2024, com 62,9%. Nos destaques mês a mês, a faixa acima de 60 anos, teve, em abril, seu menor grau de pontualidade, com 85,4% e em junho o seu maior, com 86,7%. Já os mais jovens, com até 25 anos, obtiveram, em junho, o percentual mais alto na pontualidade, com 70,5% e em fevereiro, o menor, com 61,0%.
“Ter informações mais acuradas dos consumidores é um benefício para toda a cadeia de crédito, uma vez que amplia o acesso com base no perfil de cada consumidor, reduzindo índices de inadimplência”, finaliza Rabi.