A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou, na última sexta-feira (13), fotos de três foragidos suspeitos de fazerem parte de um ‘grupo de extermínio’ investigado por crimes como milícia privada, corrupção de menores e tortura, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, no Paraná.
Janete de Oliveira, Guilherme Orlovski e Diones Fernandes são considerados integrantes da organização criminosa, que está sendo investigada há três anos em cinco inquéritos distintos.
Além disso, eles também são suspeitos de corrupção de menores e tortura.
O trio está sendo procurados após mandados de prisão serem expedidos, mas ainda não foram localizados pela polícia. O delegado Luís Gustavo Timossi informou que as investigações indicam que os crimes cometidos pelo grupo, incluindo execuções, eram filmados e enviados, muitas vezes ao vivo, para um dos líderes da organização, que acompanhava as ações de dentro do presídio.
Ele, identificado como o chefe do grupo, está preso desde 2021 por tráfico de drogas, homicídios e associação criminosa, e foi transferido na última quarta-feira (11) para um presídio federal de segurança máxima.
A PCPR também apurou que o líder criminoso tinha acesso a um celular, de onde coordenava as execuções e passava ordens sobre onde os homicídios deveriam ocorrer e quais armas deveriam ser utilizadas.
O Ministério Público revelou ainda que um monitor de ressocialização foi corrompido, recebendo propina para beneficiar os presos ligados ao grupo.
O ‘grupo de extermínio’ é suspeito de ser responsável por pelo menos 21 homicídios nos últimos 20 meses em Ponta Grossa (Parabán), além de atuar em diversas cidades do estado, incluindo Curitiba e São José dos Pinhais, e em outros estados, como São Paulo (Araçatuba, Birigüi e Sud Mennucci), Santa Catarina (Florianópolis, Herval D´Oeste e Palhoça), Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Cassilândia) e Rondônia (Parecis).
A operação, que contou com a participação de várias forças policiais, resultou em 133 mandados de busca e apreensão, 67 medidas de sequestros de bens e valores e dois bloqueios de contas bancárias.
As investigações revelaram que o grupo é altamente estruturado, com diferentes núcleos, incluindo o de executores, composto principalmente por adolescentes, o que visava à impunidade devido à menoridade dos envolvidos.
Além dos crimes de tortura, milícia e homicídios, o grupo também é suspeito de envolvimento com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e porte ilegal de armas, entre outros delitos.
A Polícia Civil segue com as investigações e pede à população que colabore com informações, podendo denunciar de forma anônima pelos telefones 197 (PCPR), 181 (Disque-Denúncia) ou (42) 3219-2770 (equipe de investigação).