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Réveillon: Saiba como proteger seu pet do barulho dos fogos de artifício

Barulho dos fogos é extremamente estressante e até mortal para os pets | Foto: Divulgação/PET de Todos

Por: Ewaldo Willerding Neto

16/12/2024 - 11:12 - Atualizada em: 16/12/2024 - 11:14

Uma das características das festas de final de ano é a queima de fogos de artifício. Apesar de tradicional para as pessoas, ela é extremamente estressante e até mortal para os pets.

“Os animais têm uma capacidade auditiva que chega a 40.000 hertz, enquanto a dos seres humanos é de 20.000 hertz. Isso faz com que os ruídos sejam mais intensos, detectando sons quatro vezes mais distantes”, explica a veterinária da Pet de TODOS, Nathali Braz Vieira dos Santos.

Nesse sentido, a profissional alerta que as consequências para os animais podem ser graves. Segundo ela, o estresse gerado pelo estampido pode ocasionar várias reações adversas, sendo que todas representam um risco de vida para o bichinho.

O perigo dos fogos

As consequências dos fogos de artifício para a vida dos pets são variadas. “O barulho produz estresse e, com isso, muitos animais podem querer fugir, correndo o risco de serem atropelados. Logo, é importante que os donos se previnam e se preparem. Colocar identificação na coleira do pet é essencial, para o caso de fugas”, alerta a veterinária.

Outros tipos de sofrimentos são apontados pela profissional. “Há relatos de bichinhos que se machucam gravemente dentro de casa, desesperados por conta dos fogos. Muitos se ferem tentando fugir”, detalha Nathali.

A veterinária ainda cita que a parada cardíaca é outra consequência da queima de fogos, levando muitos animais a óbito. Os tremores, agitação e convulsões também podem afetá-los. Além disso, no caso de filhotes, os barulhos podem levar ao desenvolvimento de fobias.

“É preciso conscientizar as pessoas sobre esses ruídos. Hoje, existem alternativas para que se possa aproveitar o visual da queima de fogos, mas sem prejudicar a saúde dos pets, como a silenciosa. Algumas cidades já aderiram a ela”, salienta. Entretanto, ela reforça que, nos locais onde os fogos ainda geram barulho excessivo, os tutores devem incorporar técnicas para acalmar os bichos.

Tellington touch e locais adaptados

De acordo com a profissional, uma das técnicas que pode ser utilizada consiste em passar uma faixa no corpo do animal. “A técnica do Tellington touch ajuda principalmente os cães, que são os que mais se assustam. O contato com a faixa permite que eles se sintam mais seguros”, aponta.

Ainda, colocar o pet em um ambiente escuro, fechado e confortável, de preferência com janelas fechadas para evitar fugas, é outra estratégia efetiva para acalmá-lo. O tutor pode colocar sons calmantes no ambiente, para atenuar o barulho externo dos rojões.

Protetores auditivos

Os protetores podem ser facilmente achados, com várias formas e tamanhos. Eles ajudam diretamente os cães, por exemplo, abafando os ruídos dos fogos e diminuindo sua intensidade. “Um cuidado que os tutores devem ter na escolha do protetor é o seu tamanho. Ele não pode ficar muito solto, pois facilita a retirada pelo animal, mas também não pode ficar justo, para não incomodar”, reitera a profissional.

Nesse sentido, Nathali reitera que o uso de algodão não é tão efetivo, já que não terá a mesma capacidade de reduzir o barulho como a de um abafador de ouvidos. “O tutor deve fazer essa introdução aos poucos, para que o pet se acostume com aquele acessório e não o retire. Colocar o abafador um pouco todos os dias e associando aquele momento com um petisco, por exemplo, é uma estratégia que ajuda na adaptação”, afirma.

Florais e petiscos calmantes

A fitoterapia é uma aliada e os tutores podem acrescentar essa técnica na hora de acalmar os bichinhos. Conforme explica a profissional, hoje existem uma gama de produtos calmantes desenvolvidos especialmente para esse nicho.

Existem florais líquidos que podem ser colocados na água, bem como petiscos com ingredientes naturais que ajudam o animal a passar pelo momento dos fogos de artifício. “Um alerta aos tutores é, de forma nenhuma, ministrar qualquer tipo de medicação. Isso pode trazer consequências negativas para o animal quando utilizado sem indicação de um profissional. Se for o caso, o uso deve ser acompanhado por um médico veterinário”, frisa.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.