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Sexta-feira, 13: Conheça as histórias e as susperstições

Foto Mariana Dantas/NE10

Por: Ewaldo Willerding Neto

13/12/2024 - 07:12

Para muitos, a sexta-feira 13 é apenas mais um dia no calendário. Para outros, é um momento carregado de mistério, crenças e, claro, uma dose de precaução. Mas de onde vêm essas superstições? Por que essa combinação de dia e número é tão temida em várias partes do mundo?

A Origem do Medo

A associação do número 13 com azar não é recente. Historiadores apontam para raízes que datam de culturas antigas, como a nórdica, onde uma lenda conta que 12 deuses foram convidados para um banquete no Valhalla. Loki, o deus do caos, apareceu sem ser chamado, tornando-se o 13º convidado e causando desordem que culminou na morte do deus Balder, símbolo da alegria e luz.

No cristianismo, o número 13 também é visto com maus olhos devido à Última Ceia, onde Judas Iscariotes, o traidor de Jesus, foi o 13º a sentar-se à mesa. A sexta-feira, por sua vez, carrega sua própria bagagem: foi o dia da crucificação de Jesus e, segundo algumas tradições, o dia em que Eva mordeu o fruto proibido e Caim matou Abel.

A união desses dois elementos – o número 13 e a sexta-feira – consolidou a ideia de azar, amplificada ao longo dos séculos por histórias populares, filmes e literatura.

Superstições pelo Mundo

A sexta-feira 13 não é universalmente temida. Em países de cultura latina, como a Espanha e os de língua hispânica, o dia de azar é terça-feira, 13, baseada no ditado “Martes, no te cases ni te embarques”. Já na Itália, o número 13 é considerado de sorte, enquanto o 17 é visto como azarado.

Nos Estados Unidos e em partes da Europa, o medo da sexta-feira 13 é tão enraizado que ganhou até um nome científico: “parascavedecatriafobia” ou “frigatriscaidecafobia”. Esse temor impacta até a economia: acredita-se que milhões de dólares são perdidos em produtividade, pois muitas pessoas evitam viajar, fechar negócios ou até sair de casa nessa data.

Cultura Pop e a Reforço do Mito

O cinema e a literatura ajudaram a perpetuar o misticismo em torno da sexta-feira 13. A franquia de terror Friday the 13th, iniciada em 1980, popularizou a data como sinônimo de terror, consolidando Jason Voorhees como ícone cultural. Antes disso, escritores como Thomas W. Lawson, em seu livro Friday, the Thirteenth (1907), já exploravam o simbolismo da data para criar histórias de suspense.

Superstições Modernas

Ainda hoje, muitas pessoas adotam rituais ou evitam certos comportamentos na sexta-feira 13. Há quem não passe por baixo de escadas, afaste gatos pretos ou carregue amuletos de proteção. Embora para outros a data seja vista com ceticismo, ela é uma oportunidade divertida de explorar o lado misterioso e folclórico da cultura.

O Que Diz a Psicologia?

Especialistas em comportamento acreditam que o medo da sexta-feira 13 é um exemplo de como superstições podem influenciar decisões e comportamentos. Para muitos, trata-se de um fenômeno de autossugestão: as pessoas esperam que algo ruim aconteça, e qualquer pequeno contratempo parece confirmar a crença.

Conclusão

A sexta-feira 13 pode ser apenas um dia comum para alguns e um símbolo de mistério para outros. Seja como for, ela reflete a fascinante capacidade humana de atribuir significados ao desconhecido e de criar histórias que nos conectam a culturas, crenças e medos compartilhados. Afinal, seja pelo azar ou pela curiosidade, poucos conseguem ignorar completamente o poder simbólico dessa data.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.