Os jovens estão mais ou menos fora desse barco, mas os mais velhos sabem bem do que se trata… Comecemos a nossa conversa com uma pergunta: – Quando é que mais valorizamos os nossos melhores bens e momentos da vida? Exatamente isso, quando eles fazem parte do passado. Ter olhos e coração sensíveis para a intensidade de um bom momento é coisa de poucos. E dizendo isso, lembro-me de uma das tantas frases da minha caixa de sapatos cheia delas, diz assim essa frase: – “As melhores coisas sobre a liberdade têm sido ditas no cárcere”. Liberdade, por exemplo, não a costumamos valorizar, afinal, liberdade é uma “bobagem”… Ah, é? Então digamos isso a um condenado à prisão. A saúde só costuma ser lembrada, ou não raro chorada, quando ela foi embora… Aquele exame médico regular, ah, aquilo dá trabalho e não estou precisando, quando eu sentir alguma coisa eu vou! E o amor, o respeito, e, mais que tudo, o bom companheirismo com ela ou com ele? Passa batido, afinal, ele ou ela está ali, sempre ao lado. Sim, sempre ao lado, mas é preciso consciência de reconhecimento para que esse convívio seja vivido numa parceria de reconhecimentos, num aqui e agora inteligente. Esperar pela “partida” dela ou dele é desatenção ou estultícia. Quantos e quantos no Brasil precisam de “bolsa família” para ter o que comer? E nós? Nós comemos e jogamos muita comida afora, afinal, sobrou… Alguma gratidão à vida por essa fartura? Claro que não. Quando precisamos de açúcar de nada adianta ter muito sal em casa. Essa consciência das nossas despercebidas riquezas costuma nos diminuir o tempo de felicidade na vida, afinal, para a maioria a felicidade só chega quando algo muito especial é conseguido. Na verdade, a felicidade está nas simplicidades que não notamos e muito menos reconhecemos nos tortuosos caminhos da vida. O deixar para depois é um grande atraso na vida. E quando a vida nos empurra contra uma parede qualquer é que abrimos os olhos e cantamos Ataulfo Alves: – “Eu era feliz e não sabia…”. Já disse, os jovens estão meio fora dessa – meio, eu disse, mas os mais velhos estão com os dois pés nesse barro. Aqui e agora é tudo e só o que temos. Consciência e gratidão aliviam a alma.
CONSELHO
O conselho é tão velho que penso ter sido Adão a passá-lo adiante, Adão do paraíso, é claro… O conselho é este: – “Faça seu melhor para se tornar indispensável em seu trabalho”. Quantos fazem isso? A maioria, nas nuvens, só trabalha pelo salário; a empresa, os empregadores que se lixem… E ao pensar assim, produzem assim. Resultado? Vida profissional sem chão nem futuro. Mas sempre tem alguém de olho, o olho da rua…
LEMBRANÇAS
Lembranças são brasas ardentes, corrosivas, ou escadas de crescimento, tudo depende da cabeça da pessoa. Você lembra que houve um dia, aqui entre nós, que estúpidos disseram que vacinas, a da Covid especialmente, causavam Aids? Sugiro às escolas que antes das matrículas para 2025 exijam de modo peremptório o certificado de vacinação dos jovens. Sem vacinas, sentimos muito, fiquem em casa! Convívio saudável exige cabeças saudáveis, ilustradas. Ué, gente!
FALTA DIZER
No Japão, em muitos lugares, estão encurtando a semana de trabalho para quatro dias, tudo para que os “casais” fiquem mais tempo juntos e… Façam filhos. O Japão tem queda acelerada de natalidades e precisa de mão de obra. Quem mais vai se ralar? As mulheres levianas que caírem nessa armação, tendo mais filhos…