Isabel Arrighi, de 37 anos, faleceu no último domingo (8), em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, após uma batalha contra um câncer terminal. O diagnóstico da doença ocorreu em 2021, durante a sua gravidez, quando esperava seu filho Gabriel, hoje com 3 anos.
Consciente da gravidade de sua situação, Izabel usou as redes sociais como plataforma para buscar apoio e garantir um futuro para seu filho. Sem saber quanto tempo ainda teria de vida, Isabel estabeleceu como objetivo comprar uma casa para Gabriel, unindo forças com amigos, familiares e desconhecidos que se sensibilizaram com sua história.
“A médica não me deu dias ou meses. Ela disse que pode ser um dia, um mês ou um ano. Só quero partir sabendo que meu filho estará bem amparado”, disse em campanha nas redes sociais. Por meio de uma plataforma de financiamento coletivo, ela arrecadou pouco mais de R$ 511 mil – R$ 31 mil a mais do que o montante solicitado.
Isabel estava em tratamento paliativo após constatar que as terapias convencionais, como quimioterapia e radioterapia, não eram mais eficazes. O câncer, que se originou na mama direita, se espalhou para os pulmões, ossos do fêmur e da pelve, além de atingir o fígado.
A luta de Isabel teve um momento de esperança em 25 de novembro, quando ela agradeceu, emocionada, pelas doações que permitiram alcançar a meta financeira para a compra do imóvel. Com o apoio da comunidade, ela conseguiu garantir a casa que tanto sonhava para o filho, um legado de amor e resistência.
A morte da mãe do menino foi anunciada por familiares com acesso ao perfil de Isabel no Instagram. “Ela lutou até o final e vai deixar um vazio enorme em nós. Que esse vazio possa ser preenchido com as boas memórias que temos dela”, relata trecho da publicação. Agora, a tutela do filho poderá ficar com o pai ou uma madrinha, como Isabel deixou registrado em cartório.