Chega dezembro e encontramos o panettone por todo lugar: nos mercados, lojas, cafeterias e nas nossas casas! Uma delicadeza para presentear, um sabor que marca essa época do ano! Sem panettone não seria Natal!
Mas, existem muitas curiosidades em torno desse clássico, como por exemplo as hipóteses de sua origem:
Uma das lendas mais populares é a história de Antônio, auxiliar de cozinha do cozinheiro de Ludovico el Moro, o duque de Milão — que reinou de 1480 a 1499. O chef havia queimado um dos bolos essenciais preparados para a ceia de Natal de Ludovico. Antônio, apelidado de Toni, tinha guardado fermento natural para fazer o bolo de sua ceia, mas usou para ajudar seu chefe, misturando farinha, ovos, açúcar, passas, frutas cristalizadas . Ele obteve uma massa suave e doce, que hoje chamamos de “panettone”. O resultado ficou tão bom que Ludovico decidiu nomeá-lo em homenagem ao seu criador. Por isso, etimologicamente, a palavra panettone seria uma junção de “Pan de Toni” ou “O Pão do Toni”.
Outra lenda, do final do século 19, atribuiu a criação do panetone a Ughetto Degli Atellani, um italiano de ascendência nobre, criador de aves de rapina e apaixonado pela filha do padeiro local, Adalgisa.
A história conta que a família da moça se opunha àquele romance. No entanto, com a padaria à beira da falência, Adalgisa foi obrigada a trabalhar todos os dias no estabelecimento do pai, o padeiro Toni.
Ughetto, então, decidiu ajudá-la. Foi assim que sugeriu adicionar manteiga à mistura. Contudo, o dinheiro era pouco e não havia como adquirir a manteiga. Ughetto vendeu uma de suas aves e comprou o ingrediente.
Como os clientes aprovaram a mudança da receita, Ughetto e Adalgisa adicionaram outros ingredientes, como açúcar, passas e cascas de frutas cítricas. A grande procura pelo produto tirou a padaria da iminente falência e fez com que o pai da moça aceitasse o casamento da filha com Ughetto.
Existem muitas outras versões, mas nada comprovado. O que sabemos é que o panettone se popularizou pelo mundo, chegou ao Brasil.
Outra curiosidade é que as gotas de chocolate foram invenção brasileira. E o nome “chocotone” é uma marca registrada por uma indústria nacional, não podendo ser utilizada pelas demais.
Interessante também é saber que, na Itália, ainda existe uma receita oficial. É preciso segui-la para chamar seu pão doce de panettone.
Pesquisando vamos encontrar muitas curiosidades em relação ao panettone, uma que acho belíssima é a tradicão da moeda de ouro. Nas famílias italianas, a criada da casa esconde uma moeda no panettone e, antes da virada do ano ele é fatiado entre a família. Quem encontrar a moeda terá um ano de muita sorte!
Quem gosta de cozinhar, como eu, sabe que o panettone pode ter muitas variações, com frutas cristalizadas, com passas, com nozes, pistache, gotas de chocolate, nutela, doce de leite, e até versões salgadas: linguiça, bacon, queijos, frango desfiado, tomate seco… Além de fazer parte dos cafés, e ser uma excelente opção de sobremesa, o panettone vira ingrediente para pavês, rabanadas e outras delícias.
Impossível não ter lembranças em torno do panettone. Me conta, qual a sua?