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Mulheres subestimadas – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

03/12/2024 - 07:12

Corto os dedos das mãos se alguém me apresentar um casal que esteja comprando uma casa ou apartamento e que a mulher não seja a detalhista da compra. É a mulher quem decide quanto quartos, em que andar, em que bairro, se há supermercado por perto, tudo, tudo nos detalhes, é a mulher quem decide. O marido pode pagar pelo imóvel, mas quem decide o que comprar é a mulher. É uma verdade mundial, já nem quero falar em outras questões, afinal, penso que todos sabem que 75% de todo comércio mundial, de todas as vendas feitas no planeta, passam pela decisão das mulheres. Um dia mundial de greve econômica das mulheres e o mundo fecharia as portas, falido. Pois com toda essa força, sem falar nas inteligências múltiplas onde as mulheres estão acima dos homens em tudo, mesmo assim, elas ficam caladas ou silenciadas pelos machinhos. Dei estas voltas todas por uma crise de irritação que um anúncio publicitário me provocou. Semana passada, em São Paulo, houve um Summit Imobiliário. Agora é assim, qualquer ajuntamento de pacóvios é chamado de “Summit”. Summit em inglês significa cume, topo, digamos, o máximo. Que falta espelho a muita gente… Pois na publicidade desse Summit havia a foto dos palestrantes que dele participariam. Eram 18 palestrantes no total, mas… Apenas três mulheres. Veja bem, numa área comercial onde as mulheres decidem quase em 100% das vezes, elas eram – costumam ser – as menos chamadas para falar do mercado. Vale para tudo. Bom, não vamos longe, gente asquerosa, eles e elas, querem que nenhuma gravidez resultante de estupro seja interrompida por aborto. Ah, se as mulheres/Mulheres acordarem para sua força numérica e intelectual, bah, vai sobrar muito pouco dos prepotentes e asquerosos. O diacho é que há mulheres eleitas muitas vezes com o voto de mulheres e que são, depois das eleições, pisoteadas pelo desdém e desconsideração das falsas e entupidas “parlamentares”. Está na hora de as mulheres que honram seus vestidos baterem na mesa e determinarem a ordem que nos pode, só ela, levar ao progresso. Chega de cordas amarradas no pescoço das mulheres. Em todos os lugares, lugares de valor, são raras as mulheres, e no caso da política mais raras ainda as mulheres que honram suas saias. Chega, grito do Ipiranga, mulheres honradas!

FELICIDADE

Difícil engolir que felicidade não passa de um ponto de vista pessoal. Se a pessoa pensar que é infeliz, pronto, bateu o ponto, é infeliz. O remédio para combater as nossas inquietações e temores mais freqüentes é esquecer o passado e ignorar o futuro. Claro, fazendo no aqui e agora tudo o que podemos fazer de melhor. Fora disso, não há Rivotril que dê jeito. Nem água com açúcar.

VIDA

Tive um colega de muito boa presença no rádio e na tevê em Florianópolis. Esse sujeito era casado com uma mulher brilhante, casamento feliz, porém… Ela faleceu, depois de muitos anos de casamento. E ele, aos 78 anos, ficou desorientado, acabou indo morar numa clínica de assistência geriátrica. Ficou pouco tempo por lá e morreu. Conto essa história para dizer que esse colega tinha um filho – filho homem – que não o ajudou. Novidade? Absolutamente nenhuma.

FALTA DIZER

Um idiota, que passou pelas manchetes brasileiras, falando dos filhos, quatro, disse que num determinado momento ele chutou na trave, nasceu uma filha. A piada do parvo significava que ter filhos homens é gol, filhas mulheres é chutar na trave. Ah, salinha dos fundos… Essa filha será o gol da vida do traste na velhice dele.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.