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É tudo uma fria – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

27/11/2024 - 07:11

Duas coisas que não se procura: amor e felicidade. Eu ia dar umas voltas antes de entrar no assunto, mas vou direto ao ponto, a leitora, o leitor pode estar com pressa, então vamos lá. Acabei de ouvir numa das nossas tevês a história de uma mulher catarinense que mandou todo o dinheiro de que dispunha para um “namorado” que ela nunca viu na vida, conheceu-o por um aplicativo de encontros, um aplicativo de amor para as trouxas. Santo Deus, quantas vezes vou precisar repetir que amor não se procura, menos ainda em aplicativos, esses ardis modernos para pegar otários e otárias. Desculpe-me a linguagem. Não tem cabimento uma mulher, aposto todos os dedos, uma mulher pobre mandar todo o seu dinheirinho para um safado que lhe inventa uma história. Mas é uma história atrás da outra desse tipo. Cansativas vezes vi nos programas policiais de fim de tarde nas tevês de São Paulo histórias de homens que saem de casa para encontrar o amor, numa rua escura num bairro mais que perigoso. Quando chega ao local do encontro o sujeito leva uma sova e perde tudo, quando não perde a vida. E o cara, imagino, é todo metido, machão mesmo… Vou ser grosseiro, afinal, com esse tipo de gente não se deve ser meloso: amor, seus idiotas, não se acha em aplicativos nem em esquinas escuras, em becos sem saída. Então, que as ciladas não sejam por falta de avisos. Ah, quase esquecia, dia destes foi noticiada a história de uma velha, brasileira, que achava que estava namorando o Elon Musk, o cara mais rico do mundo. E o Elon, “pobrezinho”, pedia ajuda financeira à velha. Pobres das cabeças vazias. O que é não ter família. Como disse, duas coisas que não se procura: amor e felicidade. Felicidade sempre esteve e está na palma da nossa mão. Felicidade não passa de um ponto de vista, quando não vejo o limão como limão, mas como uma possível limonada, pronto, aí estará a felicidade sacudindo o lencinho para mim. Ou para você ou até para a mãe Joana. Quer dizer, tudo é um ponto de vista, parar e pensar antes de entrar numa fria. E o que anda por aí é tudo uma fria. Tudo, eu disse.

SOBRENOME

Reencontrei uma ex-colega, mais de 40 anos de amizade. Conversa vai, conversa vem, ela me conta que casou com o fulano, outro colega, famosíssimo em Porto Alegre. Cumprimentei-a e disse: – “Aí, hein, agora tens mais um sobrenome famoso junto ao teu”! E ela me disse que não o adotou. Contou que o casamento não a podia fazer perder a dignidade e o carinho que ela tem pelo nome dela, de berço. Saí encantado, que mulher… De fato, sobrenome de marido é carimbo de “posse”…

TRABALHO

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas diz que 63% das empresas estão com dificuldades para contratar funcionários. A principal razão é que as novas gerações não querem saber de carteira assinada, querem ser autônomos e ter mais liberdade no trabalho. Mais liberdade? E eles estão chegando com mais qualidade e ética? A vadiagem está de plantão e, pior, muito respeitada pelos hipócritas. Qualifiquem-se, sonsos!

FALTA DIZER

Depois se queixam dos governos… Fui ao supermercado e me arrependi, dei de cara com um velho, velho todo metido, sem bigode nem barba, mas… Com um cavanhaque deste tamanho, “vermelho”. O velho pintou o cavanhaque de um vermelho rútilo. Deve ser marido, pai e avô. Um lixo consciente e provocador.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.