Será que existe algum ser humano sobre esta Terra que não queira mudar de vida ou mudar alguma coisa em sua vida? Claro que deve haver alguns “fora da casinha” que dizem não, que nada querem mudar nada em suas vidas. Duvido que alguém não queira mudar alguma coisa em sua vida, duvido. E dizendo isso, surge a pergunta inevitável: será que “alguém” pode mudar a própria vida, será que alguém tem esse poder mágico? Vou responder por mim, não, ninguém me pode mudar a minha vida, senão… Eu mesmo. E era aqui que eu queria chegar. Alguém pode pensar que se casasse com o fulano ou com a fulana seria uma pessoa feliz. Até pode ser, todavia, veja bem, a escolha é da pessoa que escolhe esta ou aquela para lhe fazer feliz. Resumindo a ópera, só nós temos o poder de mudar nossas vidas. E ter essa consciência incomoda, melhor é dizer que não é bem assim, que dependemos dos outros para isso ou para aquilo. Outra auto-enganação. Podemos eventualmente precisar de ajuda, isso é uma coisa, mas essa mesma ajuda pode ser vista de modos diferentes. A grande verdade é que estamos sozinhos nesta vida de muitos relacionamentos, e os relacionamentos são indispensáveis para que nos anestesiemos da solidão na vida, uma verdade incontestável, afinal, nascemos sozinhos e vamos colocar o ponto final sozinhos. E entre um ponto e outro desse destino tudo fica por nossa conta. Vem daí a necessidade da consciência e de valorizarmos tudo o que nos “anestesia” na vida, boas anestesias, quero dizer. Ter amigos, companheiros, ter um propósito, uma missão que nos tire da cama sem gemidos, viver uma vida de desprendimentos, consciência de que precisamos de muito pouco para viver bem e, acima de tudo, nunca esquecer que a felicidade é um ato mental de decisão pessoal. O amor é o maior dos anestésicos dos furacões da vida, e amor, sabe-se, ou devemos saber, não pode ou não deve esperar troco. Amor que espera amor como troco, como resposta não é amor, é negociata. E em sendo assim para o amor, o que sobraria para o resto que nos envolve no cotidiano? Amar o ar que respiramos sem pedir troco é amar a vida. Então, poucos estão vivos entre os “vivos”…
MEDO
Diz o Instituto DataFolha que 76% dos pais temem que seus filhos sofram bullying no colégio. Concordo, porém… Será que esses pais ensinam “energicamente” aos seus filhos o respeito pelos outros? É uma questão em mão dupla. Criança bem-educada respeita, e as demais que levem o peso do castigo adequado, afinal, todos os abusadores sabem o que fazem e, ademais, não há mais crianças ingênuas e muito menos ainda adolescentes. Sem essa.
CARÁTER
Se algum legislador em Brasília quiser honrar as calças que bata na mesa propondo um severo e incondicional exame de caráter aos candidatos aos cursos de Medicina, Direito e Veterinária. Incondicional, testes e avaliações fiscalizadas pela ONU. Todos os dias um escândalo e outro envolvendo ou estudantes ou já “doutores” nessas áreas. E os Conselhos de classe? Quem? Quem? O caráter é o cimento de qualquer ação humana. Severos exames incondicionais, fique bem claro…
FALTA DIZER
Viver por viver não é viver, é sobreviver. Frase idiota? Para a maioria sim. Agora fique claro, ponhamos na cabeça que todos precisamos de um motivo para viver. Motivo como sinônimo de propósito, algo nosso, pessoal, um motivo que nos aperte a mão até o último suspiro. Raríssimos vivem assim. Vivem?