Nesta terça-feira (19) é celebrado o Dia do Cordelista, uma homenagem àqueles que mantêm viva a tradição da literatura de cordel. Essa forma de expressão, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), reflete as raízes, os costumes e a criatividade do povo brasileiro, especialmente no Nordeste.
O que é a literatura de cordel?
A literatura de cordel é uma manifestação popular que combina poesia, narrativa e ilustrações gravadas em xilogravura. Os versos, escritos geralmente em forma de sextilha ou décima, contam histórias sobre acontecimentos do dia a dia, lendas, mitos, política e humor. As publicações, chamadas de folhetos, são penduradas em cordas (daí o nome “cordel”) para serem expostas nas feiras e mercados.
A origem do cordel
Embora tenha se popularizado no Brasil, a literatura de cordel tem suas raízes na tradição europeia, trazida pelos colonizadores portugueses no período colonial. Aqui, ela ganhou identidade própria, tornando-se um símbolo da cultura nordestina. Grandes nomes como Leandro Gomes de Barros e Patativa do Assaré ajudaram a consolidar esse gênero como um pilar da arte popular brasileira.
O cordelista é o poeta e narrador responsável por dar vida a essas histórias. Com habilidade para rimar, encantar e emocionar, ele transforma temas cotidianos em versos memoráveis, conectando gerações e levando cultura para os mais diversos cantos do país.
Apesar das mudanças nos meios de comunicação e entretenimento, a literatura de cordel continua a resistir, se reinventando e conquistando novos públicos. Atualmente, muitos cordelistas utilizam as redes sociais para divulgar seus trabalhos, aproximando a tradição das novas gerações.