Maior integração entre instituições de ciência e pesquisa e de ensino, poder público e empresas privadas, associada ao desenvolvimento tecnológico, é um dos caminhos para impulsionar o desenvolvimento econômico de Santa Catarina nos próximos anos. Para garantir a competitividade econômica, estado e municípios devem focar na organização da sociedade e nos investimentos em inovação.
Este é um dos indicativos do debate “Ecossistemas de empreendedorismo e inovação no âmbito do desenvolvimento territorial”, que envolveu o diretor de Inovação e Competitividade da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), José Eduardo Fiates, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) do governo do estado, Marcelo Fett, realizado na quinta (dia 7), durante o Congresso de Municípios, Associações e Consórcios de Santa Catarina (Comac SC), em Balneário Camboriú.
Conforme Fiates, apesar de Santa Catarina apresentar um Produto Interno Bruto (PIB) superior ao de muitos países, o índice teve queda nos últimos anos – o que chama a atenção para novas ideias que devem ser implantadas no estado, garantindo a sua competitividade e desenvolvimento.
“Temos espaço para crescer e elevar a produtividade. Santa Catarina tem potencial para dobrar a população de forma ordenada e adequada, com infraestrutura e planejamento”, comentou. Durante o encontro, Fiates apresentou, ainda, o Plano NeoSC, iniciativa que envolvem FIESC, governo, sociedade civil, academia e empresas, com o objetivo de setorizar e planejar o desenvolvimento no estado de forma estratégica e conforme a vocação de cada município.
Já o secretário Fett ressaltou a importância da inovação para o desenvolvimento das cidades, afirmando que esse olhar para as tecnologias deve ser visto como um pilar dentro da administração pública. Ainda de acordo com ele, a inovação tem que atingir todos os setores da economia – indústria, comércio, serviços, agricultura.
“Já temos exemplos práticos de locais projetados que se consolidaram, como a Cidade Pedra Branca, em Palhoça. O bairro, que se tornou cidade universitária, hoje é celeiro de empresas e negócios inovadores, com aproximadamente 1,5 mil CNPJs”, comentou. Ainda conforme o secretário, o crescimento é uma consequência da inovação e, quando se acredita nisso, o tamanho físico das cidades não é um problema. “Prova disso é a cidade de Luzerna, no interior do estado, que hoje possui a maior densidade de startups do Brasil”, acrescentou.