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CÂNCER DE PRÓSTATA – VIGILÂNCIA ATIVA

Foto: divulgação

Por: Dr. Vicente Caropreso

07/11/2024 - 13:11 - Atualizada em: 07/11/2024 - 14:43

No Brasil, o câncer de próstata ataca setenta mil homens, e causa mais de dezessete mil mortes por ano.

A quantidade de casos vem aumentando, devido aos diagnósticos mais precisos e porque os homens estão vivendo mais. Cerca de 75% dos casos de câncer de próstata são detectados em homens com mais de 65 anos, logo, é considerado um câncer da terceira idade.

Alguns tumores são muito agressivos, crescem rapidamente, espalhando-se da próstata para outros órgãos, mas segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) a grande maioria dos tumores cresce tão lentamente, que não chega a dar sinais durante a vida e nem ameaça a saúde do homem.

Essa realidade fez com que surgisse uma nova abordagem no tratamento do câncer de próstata: a Vigilância Ativa.

Cada vez mais homens diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco optam pela Vigilância Ativa do tumor, evitando a retirada total da próstata e a radioterapia, por exemplo.

Na Vigilância Ativa, com acompanhamento médico, os pacientes fazem o monitoramento periódico, dos níveis de PSA, além de ressonâncias magnéticas da próstata e biópsias para avaliar sinais de que o câncer esteja evoluindo, possibilitando identificar quando a doença evolui para encaminhar o paciente ainda em tempo hábil para o tratamento curativo.

Na Vigilância Ativa o paciente não abandona o acompanhamento do urologista. Ao contrário: mesmo nos casos em que a doença não progride, os pacientes devem manter o seguimento.

Cerca de 30 a 35% dos pacientes diagnosticados com câncer de próstata possuem doença classificada como de “baixo risco”, passível de vigilância ativa. Outros cerca de 50% têm a doença de risco intermediário, e também teriam possibilidade de receber a vigilância ativa como possibilidade inicial de abordagem da doença.

A decisão pela Vigilância Ativa deve ser tomada em comum acordo entre médico, paciente e familiares, com base em vários exames e critérios clínicos e o contato constante com o urologista é essencial para mudança de abordagem imediata assim que se percebe alguma alteração de comportamento ou agressividade do tumor.

 

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