O mundo inteiro ficou em choque neste último fim de semana com a notícia de que autoridades do Estado de Nova York realizaram uma busca e apreensão na casa do influenciador americano Mark Longo, onde confiscaram um esquilo e um guaxinim de estimação da família, após denúncias “anônimas” de que eles estariam explorando os bichinhos’, que foram em seguida sacrificados pelas autoridades. Peanut e Fred, como eram chamados o esquilo e o guaxinim, eram sensação nas redes sociais: só Peanut tinha mais de 1 milhão de seguidores no TikTok e era conhecido como o esquilo mais famoso do mundo.
Mark Longo, dono do esquilo, encontrou-o ainda filhote e, após cuidar dele até sua plena recuperação, tentou devolvê-lo à natureza. Porém, não deu certo: Peanut voltou à casa de Mark, bastante machucado. Diante disso, Mark e sua esposa decidiram adotar Peanut e abriram um santuário de preservação animal, utilizando os recursos gerados pelo sucesso de Peanut na internet para manter a organização, que hoje abriga mais de 300 animais resgatados. Fred, o guaxinim, também foi encontrado ferido e adotado pelo casal, tornando-se parte da família, vivendo juntos por vários anos.
Peanut e Fred viveram felizes ao lado de Mark e sua esposa por 7 anos, até que autoridades invadiram o apartamento de Mark para “salvar os animais” e reviraram a vida da família: Mark foi obrigado a permanecer fora de sua casa por cinco horas enquanto a polícia realizava as buscas, revistando todos os cômodos. Peanut e Fred foram apreendidos, armários e móveis da casa foram danificados, e Mark precisou ser escoltado pela polícia até para ir ao seu próprio banheiro. Durante todo esse tempo, foi impedido de contatar seu advogado. As autoridades perguntaram se havia câmeras na casa, e sua esposa, de nacionalidade alemã, foi questionada sobre seu status legal nos Estados Unidos.
O verdadeiro pesadelo veio depois, quando se espalhou a notícia de que as autoridades haviam sacrificado Peanut e Fred, supostamente por risco de raiva. A indignação e a revolta nas redes sociais foram imensas e instantâneas: pessoas de todo o mundo se manifestaram nas redes, pedindo justiça para Peanut e Fred. A comoção é compreensível: além de Peanut ser um esquilo querido e conhecido mundialmente, a maioria das pessoas, em qualquer país, conecta-se emocionalmente com animais de estimação, que são vistos como puros e inocentes.
Muitos americanos também se indignaram com o governo da cidade e do Estado de Nova York, contrastando a atenção dedicada a um inofensivo esquilo com a negligência diante de graves problemas sociais que acreditam ser causados pela imigração ilegal. Muitos questionaram os benefícios dados a imigrantes ilegais, como estadia gratuita em hotéis, auxílio para alimentação e moradia e atendimento médico, enquanto nova-iorquinos nativos pobres não têm acesso aos mesmos serviços. Um relatório da polícia de NY revelou que 75% dos presos no centro de Manhattan, o coração pulsante de NY, eram imigrantes ilegais, acusados de crimes como roubos, agressões e violência doméstica.
A crise da imigração ilegal, que é, sem dúvida, o tema mais relevante das eleições presidenciais americanas de 2024, voltou ao centro do debate após a morte de Fred e Peanut. Nos últimos dois anos, essa crise custou pelo menos 5 bilhões de dólares para a cidade de Nova York, segundo a rede ABC. O fato de as autoridades americanas gastarem dinheiro público em uma operação de busca e apreensão, em vez de se concentrarem nos problemas reais da cidade, seguida do resultado desastrado com a eutanásia dos animais, fez muitos americanos enxergarem três riscos do modelo de Estado ambicionado pela esquerda: a) prioridades erradas; b) excessivo no tamanho e poder, que interfere em todas as esferas da vida humana e ameaça a liberdade dos cidadãos; e c) ineficiente e contraproducente.
A indignação dos internautas não ficou restrita às redes sociais: a morte de Peanut e Fred levou muitos a anunciarem, nas redes, que votariam em Donald Trump como resposta ao caso. Até democratas convictos e eleitores de esquerda admitiram que o ocorrido mudou seus votos. O movimento foi liderado pelo bilionário Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX e da rede social X: Musk passou os últimos dias comentando sobre o caso de Peanut e convocando os americanos a votarem em Trump, retratando Peanut como um mártir da liberdade. Em uma eleição extremamente equilibrada e disputada, será que a morte de um esquilo decidirá quem será a pessoa mais poderosa do mundo pelos próximos quatro anos?