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Reflexão: mostra de fotografias no Museu Emílio da Silva relembra a escravidão no Brasil e o nazismo na Alemanha

Foto: Eduardo Montecino/PMJS

Por: Elisângela Pezzutti

05/11/2024 - 13:11 - Atualizada em: 05/11/2024 - 13:53

Promover uma necessária reflexão sobre eventos trágicos da história humana: o nazismo na Europa e a escravidão de povos africanos no Brasil, dois episódios que advertem sobre a desumanização e a importância da memória histórica para evitar que tais atrocidades se repitam. Com esse intuito, na manhã de segunda-feira (4) ocorreu no Museu Emílio da Silva, a abertura de uma exposição que une os projetos “Faces of Auschwitz” e “Escravidão no Brasil”.

A mostra, que se estende até o dia 5 de dezembro e tem entrada gratuita, é uma parceria com o Museu do Holocausto, de Curitiba, e traz a Jaraguá do Sul as impactantes obras da artista mineira Marina Amaral (@marinaarts), reconhecida internacionalmente por sua técnica inovadora de colorir fotografias históricas.

Criança presa em Auschwitz, complexo de campos de concentração criado pela Alemanha nazista na Polônia | Foto: Eduardo Montecino/PMJS

 

“Ambas as situações mostram a capacidade humana para infligir dor e sofrimento ao outro, mas também nos convidam a refletir sobre como esses horrores se manifestam de maneiras diferentes. Enquanto o Holocausto foi um ato de genocídio em massa focado na eliminação total de um povo, a escravização foi uma exploração prolongada que se sustentou por meio do racismo institucionalizado e da opressão contínua. Esses dois fatores lamentáveis nos lembram da importância da memória histórica”, salienta a chefe dos Museus Municipais de Jaraguá do Sul, Ivana Cavalcanti.

O Brasil foi o último país do Ocidente a abolir a escravatura | Foto: Eduardo Montecino/PMJS

 

“Tanto o Holocausto quanto a escravidão precisam ser lembrados para que possamos construir sociedades mais justas, respeitosas e equitativas. Celebrar a resistência e as histórias de sobrevivência é fundamental para honrar a memória daqueles que sofreram. O processo criativo de Marina Amaral envolve uma minuciosa pesquisa histórica, permitindo que as imagens ganhem uma nova dimensão, tanto como documentos históricos quanto como veículos de memória. Ao dar cor a essas fotografias, a artista resgata o passado, mantendo vivas as lembranças de momentos de resistência e luta, impedindo que sejam esquecidos”, completa Ivana.

Exposição segue aberta ao público até o dia 5 de dezembro | Foto: Eduardo Montecino/PMJS

Mês da Consciência Negra

O Brasil foi o último país do Ocidente a abolir a escravidão. Em seu discurso, o prefeito Jair Franzner destacou que a abertura da exposição dá início ao mês da Consciência Negra, um momento de reflexão e celebração. “É uma oportunidade de reconhecermos a importância da história dos negros em nossa sociedade, nos convidando a olhar para o passado, a lembrar das lutas e injustiças enfrentadas por nossos ancestrais. É um momento para celebrarmos a resistência, a força e a riqueza da cultura afro-brasileira”.

Franzner agradeceu a parceria do Museu do Holocausto com o Museu Emílio da Silva e anunciou que no feriado do dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra – será realizado um evento festivo na Via Verde. Ele também convidou a comunidade afro-descendente de Jaraguá do Sul para participar dos preparativos para a comemoração dos 150 anos do município, que serão comemorados em 25 de julho de 2025.

Para grupos que desejam visitar a exposição e também para monitoria é necessário agendar pelo e-mail: [email protected].

Serviço

Exposição: Faces of Auschwitz/Escravidão no Brasil;
Data: 4 de novembro a 5 de dezembro de 2024;
Local: Museu Histórico Emílio da Silva, Jaraguá do Sul;
Entrada: Gratuita.

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.