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O que “O Pequeno Príncipe” e Zé Perri têm a ver com Floripa

Antoine Saint-Exupéry, no avião da Aéropostale | Foto: Reproução/Aéropostale

Por: Ewaldo Willerding Neto

31/10/2024 - 11:10 - Atualizada em: 31/10/2024 - 11:43

No início do século passado, Florianópolis era uma das paradas obrigatórias da companhia aérea francesa Aéropostale, que enviava correspondências entre Europa, África e Atlântico Sul. Ainda sem um aeroporto estruturado, a Capital improvisava um campo de pouso num terreno na praia dos Campeche, Sul da Ilha. Os pequenos aviões carteiros usam o espaço como escala antes chegar a Buenos Aires, na Argentina. Numa dessas aeronaves, estava o piloto francês Antoine de Saint-Exupéry, que também era escritor e ficou famoso pelo livro “O Pequeno Príncipe”.

Conforme historiadores e pesquisadores, o famoso piloto-escritor esteve por várias vezes na Ilha de Santa Catarina entre 1929 e 1931. O campo de pouso do Campeche era uma dos 11 pontos de parada da companhia francesa. Não há fotografias de Saint-Exupéry em Florianópolis. Mas as passagens pela Capital são confirmadas a partir de matérias jornalísticas da época e relatos de locais e descendentes dos aviadores.

Empresa francesa leva correspondência até a Argentina | Foto: Reproução/Aéropostale

Homenagem

As paradas técnicas de Saint-Exupéry no Campeche renderam várias homenagens, a começar pela rua que margeia o campo de pouso, chamada de Avenida Pequeno Príncipe – a principal do bairro.

Avenida é a principal do Campeche | Foto: Arquivo/PMF

Uma placa, fixada pela prefeitura na casa onde mecânicos e pilotos ficavam durante paradas, hoje tombada pelo município e chamada de Casarão Aéropostale, destaca a passagem do piloto.

Dizem as lendas da Ilha, que Saint-Exupéry se enturmava com os nativos e como os manezinhos não falam francês, passaram a chamá-lo de Zé Perri,

 

Relatos de nativos dão co

Placa confirma passagem do francês pela Ilha | Foto: Arquivo/PMF

nta de uma amizade com o pescador Manoel Rafael Inácio, o “seu” Deca, no início do século passado. Os dois, segundo a narrativa, chegavam a comer e pescar juntos. E o Zé Perri se deliciava com as iguarias da Ilha.

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.