por Nelson Netto
CEO do Novale Hub
No ritmo em que vivemos com as constantes transformações, é perceptível que nenhum espaço escapará das mudanças. Assim como o comportamento do consumidor mudou e as empresas de marketing e propagando se viram obrigadas a acompanhar, agora é a vez da indústria de reavaliar seus processos, mesmo os setores industriais mais antigos e consolidados precisam reaver suas práticas para se tornarem mais sustentáveis e atentos às necessidades do meio ambiente.
Um dos veículos de mudança é a adoção do design por meio da inovação aberta e o conceito de economia circular. Estes que compõem caminhos importantes para que empresas renovem suas operações de maneira mais responsável, priorizando parcerias e o reaproveitamento de recursos.
Para esclarecer, na prática, inovação aberta é sobre juntar forças. Ao invés de manter todas as ideias e soluções “dentro de casa”, as empresas se conectam com outras indústrias, startups, universidades e até o público para encontrar as melhores ideias e soluções. Essa troca faz surgir respostas inovadoras para problemas antigos propondo soluções atuais.
Outro conceito que preciso compartilhar é o da economia circular, esta se trata de uma mudança de comportamento acompanhando de uma visão onde nada é desperdiçado. Em vez de criar um produto, usar e depois descartá-lo, a ideia é prolongar o ciclo de vida dos materiais ao máximo. Enfim, isso significa transformar produtos que seriam jogados fora em novos insumos para produzir outros produtos.
A sustentabilidade é dividida em sustentabilidade financeira do negócio e a sustentabilidade ambiental. Em suma os dois conceitos devem fazer parte de qualquer modelo de negócio. Perceber que utilizar os recursos de forma responsável e fazer mais com menos, transformará a empresa sustentável em ambos os conceitos, faz com que os negócios sejam mais humanos e efetivos. Para isso, empresas apostam em práticas como o uso de energias renováveis e adotam sistemas para reduzir o consumo de água e energia.
A construção de cultura de inovação, somada a colaboração entre empresas tem gerado resultados significativos. Empresas parceiras que atuam lado a lado em projetos comuns, somadas ao modelo de negócio ágil das pequenas startups têm trazido novas ideias para o mercado, ajudando a resolver problemas que antes pareciam impossíveis. Esse tipo de construção ajuda a popularizar o conceito de sustentabilidade, mostrando que não é preciso inventar algo completamente novo para ser inovador: basta abrir as portas para novas ideias e se adaptar às mudanças com flexibilidade.
À medida que a neo-industrialização avança, torna-se evidente que a inovação e a sustentabilidade caminham lado a lado como forças transformadoras. Empresas que se dispõem a colaborar, renovar e adotar práticas mais conscientes destacam-se em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente.
A construção de um futuro industrial sustentável depende de esforços contínuos, onde a inovação aberta, a economia circular e a responsabilidade ambiental são pilares fundamentais. Esse novo cenário é, antes de tudo, uma oportunidade para que negócios de todos os setores redefinam seus propósitos, buscando não apenas prosperidade econômica, mas também um impacto positivo e duradouro no mundo.
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