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Não são o que parecem – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

30/10/2024 - 07:10

O que vemos não é o que existe, o que ouvimos não é o som natural. Tantos vemos como ouvimos o que queremos ver e o que queremos ouvir, e aí mora um extremo risco de graves equívocos. Já falei aqui cada um de nós abrange a paisagem – a vida – de acordo com o degrau em que se encontra na escada evolutiva. Nossos valores, a educação que nos foi passada como herança nos primórdios da via, o período de molde, ficam conosco para todo o sempre. A criancinha que nos ensinaram ser fica conosco para sempre. A música que me encanta pode encantá-la, leitora, mas somos incapazes de traduzir em palavras o modo pessoal e profundo de ouvir essa música. Vale para tudo. E em sendo assim temos que pensar antes de falar e parar antes de responder aos sons que acabamos de ouvir. Sons que bem podem ser palavras de outra pessoa. Pelos padrões convencionais, ninguém vai jogar pedras sobre aquela frase milenar, a que diz: – “Fala, se queres que te conheça”! Sem dúvida, todavia, dizemos muitas vezes de modo inadequado o que queríamos dizer, vem daí a necessidade de pensarmos antes de responder ou disparar a flecha do veneno. Nossos olhos físicos nos passam imagens sem qualquer valor, o valor será dado por nós. Muitas vezes estamos com alguém ao lado, vemos uma paisagem bucólica e dizemos – Ah, que coisa linda! E a outra pessoa responde: – Prefiro uma praia! A paisagem, fisicamente, é a mesma para todas as máquinas fotográficas, mas é diferente para os “fotógrafos” do nosso cérebro. No cérebro de cada um de nós as “fotos” são vistas de modo muito pessoal. Um exemplo muito comum nos relacionamentos humanos, relacionamentos aparentemente afetivos, é alguém ver beleza numa pessoa de mau-caráter, safada, ordinária mesmo… Por que ela vê beleza num traste humano? Porque esse traste vai, de modo inconsciente, fazer a pessoa apaixonada pagar por suas dívidas na vida. Quando inconscientemente me vejo como vilão, vou procurar alguém, também, é claro, de modo inconsciente, que me faça pagar pelos meus erros. A Psicologia não é fada madrinha, é bruxa má, ela não nos perdoa ainda que por fora nos achemos perfeitos… Nada é o que é, nos fazemos de tudo o que queremos. Baita danação!

TEMPO

O papa Francisco gosta de jogar tempo fora. Ele é o primeiro Papa na história da igreja que luta pelas mulheres. Esta semana, após um Sínodo em Milão, ele ergueu a voz e disse que – “Não há razões que impeçam as mulheres de assumirem papéis de liderança na Igreja”. Há, sim, Francisco, há. Antes de tudo, as próprias mulheres não se aceitam em “regências” e depois delas os outros “religiosos”. Mas fique claro, sem mulheres nenhuma igreja sobrevive, nenhuma…

ELAS

Você já ouviu falar em “maníaco do parque”? Pois é, esse cara estuprou a matou muitíssimas mulheres em São Paulo. Está na cadeia há 28 anos, mas sabes da maior? A mãe dele disse ao O Globo que ele não para de receber visita de mulheres, apaixonadíssimas por ele. Uma delas, em Portugal, está esperando a liberdade do vagabundo para “importá-lo”, muito amor. Credo, nenhuma novidade…

FALTA DIZER

Os pais deviam, mas não o fazem, educar severamente as crianças, filhos e filhas, para que sejam uma “peneira” na vida. Só lhes devem passar pela aprovação de amizades quem tiver dignidade, valores, quem for educado, enfim, pela Educação Moral e Cívica. Só. Ah, os pais não ouvem, estão de fone…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.