Legislação sobre inflação e sobre energia renovável pode fazer com que as eleições nos EUA impactem diretamente o valor acionário da WEG, segundo avaliação do BTG Pactual, segundo informações do Valor Econômico – mas os efeitos devem ser mínimos.
Isto porque a WEG tem demonstrado um forte crescimento no mercado dos EUA nos últimos anos com base nos motores elétricos de baixa tensão (LV) e transformadores de potência. O BTG acredita que a demanda por esses dois tipos de equipamentos é, em grande parte, inalterada por fatores políticos.
Outra empresa que pode ser atingida – também levemente, segundo o banco – é a Embraer. No caso da Embraer, o fator que pode atingir a empresa são os gastos militares, juntamente com possíveis barreiras comerciais, como tarifas de importação sobre produtos manufaturados.
O banco destaca que Kamala Harris e Donald Trump expressaram visões significativamente opostas em relação à energia e à defesa. “No entanto, apesar da retórica de campanha, acreditamos que o impacto nos negócios das duas empresas será mínimo”, afirmam em relatório.
Especificamente em relação à Embraer, o mercado parece estar monitorando de perto o potencial impacto de tarifas de importação sobre produtos estrangeiros, como os jatos ERJ, especialmente se Donald Trump vencer a eleição.
A família de jatos E1 da Embraer é atualmente o único jato regional nos EUA que atende às cláusulas de escopo das companhias aéreas existentes, enfrentando nenhuma concorrência direta da linha de produtos da Boeing, que se concentra em jatos maiores.
Se tarifas de importação mais altas forem aplicadas, os preços dos jatos poderiam aumentar, potencialmente interrompendo a cadeia de suprimentos da Embraer baseada nos EUA e afetando os custos de aquisição de aeronaves para muitas companhias aéreas americanas.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para os recibos de ações (ADRs) da Embraer, com preço-alvo a US$ 39.
Para a WEG, a recomendação do BTG Pactual é neutra e preço-alvo a R$ 60.