Gerente de vendas há 30 anos, Edomar Klagenberg (PL) foi o vereador mais votado de Massaranduba nas eleições de outubro, tendo recebido 796 votos. Ele já havia concorrido a uma vaga no Legislativo em 2020, também pelo PL, mas apesar de ter obtido uma boa votação, não chegou a se eleger. Agora, ele afirma que deverá ser uma “oposição inteligente” ao governo de Moacir Kasmirski (União Brasil), prefeito eleito no município. Confira a entrevista:
OCP- O senhor foi o vereador mais votado de Massaranduba nas eleições deste ano. Na sua opinião, a que se deve esse resultado?
Edomar: Eu acho que tem a ver com o fato de eu estar sempre muito envolvido com a comunidade. Nos bastidores, de uma forma ou de outra, estou sempre tentando ajudar em tudo que posso. Faço parte da Associação de Pais e Professores, participo de atividades na igreja, auxiliei pessoas que necessitavam de tratamento de saúde, pessoas que estavam abrindo empresa. E também tem a questão de que a população queria uma mudança, gente nova na prefeitura e na câmara.
OCP- Qual será o seu posicionamento em relação ao Executivo?
Edomar: Eu já tive uma conversa informal com o Moacir Kasmirski. Ele colocou as ideias dele e eu as minhas. Nós vamos ter uma reunião do PL e depois disso vamos tomar uma decisão em conjunto. Também quero escutar os outros integrantes do PL que foram candidatos a vereador por Massaranduba. A princípio, serei oposição, mas uma oposição inteligente. Ou seja, o que for bom para o município eu votarei a favor e o que for ruim votarei contra.
OCP- Quais serão as principais bandeiras do seu mandato na câmara?
Edomar: A primeira coisa que vou defender é a saúde, uma área que considero primordial. Eu sempre digo que um ano sem asfalto é possível ficar, mas um dia que seja sem saúde, não dá. E a outra é prestar contas para a população, com ética e transparência, avaliar e fiscalizar a gestão do Executivo, que é o que o cargo de vereador exige. E também quero trazer emendas. Vou convidar o prefeito para irmos a Brasília em abril. Mesmo eu não sendo vereador, conseguimos trazer R$ 8 milhões em emendas para Massaranduba. Tem muito dinheiro que se pode conseguir através de emendas, mas tem que ter projetos porque sem projetos não tem dinheiro e Massaranduba é muito carente de projetos. A Lei Orçamentária Anual de Massaranduba para 2025 é de aproximadamente R$ 125 milhões/ano de arrecadação, só que deste total, 40% é gasto com folha de pagamento, 25% vai para a educação e os investimentos em saúde estão batendo na casa dos 26%. O abastecimento de água na cidade também tem sérios problemas. Os canos estão sucateados, o pessoal está pagando por vento. Abre a torneira, não tem água e o relógio está girando. Famílias pagando quase R$ 200 de água por mês nessas condições. É fundamental resolver esse problema da água, mas é uma questão que envolve os institutos de meio ambiente, então não é só colocar canos. Tem ainda a questão do esporte no município, que hoje é só futebol de salão e futebol de campo. As áreas de lazer estão todas abandonadas. Tem muita coisa para fazer, para melhorar. Acho que é preciso fazer um planejamento por bairro, porque se não tiver planejamento não dá para fazer um bom trabalho. Mas, tudo isso depende de como está o financeiro da prefeitura. Então, acredito que a primeira coisa que se deve fazer é uma auditoria dentro da prefeitura e aí sim ver quem são os secretários de alta confiança, quem são as cabeças pensantes, e a partir disso cada um terá uma incumbência. A meu ver, isso é primordial.
OCP- O que determina o regimento interno da Câmara de Vereadores de Massaranduba com relação à escolha do presidente da Casa?
Edomar: O regimento interno define que por ter sido o mais votado, eu farei a abertura da cerimônia de posse no dia 1º de janeiro. Logo em seguida será realizada a votação para escolha do novo presidente da câmara.
Veja a lista de vereadores eleitos em Massaranduba
Além de Edomar Klagenberg (PL), também fora eleitos para o Legislativo de Massaranduba Everton Pasold (PP), Vitor Kulling (União), Selesio (PSD), Franciele Ronchi (União), Joanir Lewandowski (PSDB), Maicon Kuhnen (MDB), Ronchi (PP) e Ademar Moser (União).