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Ninguém muda ninguém – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

28/10/2024 - 07:10

Vi as imagens num programa da tarde, televisão. Um sujeito dando um pontapé na mulher e a esbofeteando. Como essas imagens chegaram à tevê não sei. O que vi foi, depois de muitos comentários e pedras jogadas sobre o canalha espancador, foi ele se explicar, por telefone, dizendo que tinha perdido a cabeça. Bem comum os “caídos” fazerem isso. Ocorre que nas desculpas que ele pediu citou Deus várias vezes. Mais um, mais um safado esbofeteando a mulher e depois pedindo desculpas em nome de Deus. Surpresa? Nada de surpreendente. Conheço pregadores religiosos, aliados em campanhas políticas, canalhas que não deviam ter nascido, mas que vivem falando em nome do Senhor. Em resumo, essa a história. Só que essa história me força a lembrar, e mais uma vez, que – As mulheres são muito mais sagazes que os olhos, vêem o que os homens não vêem, são mais “sensitivas” em tudo, porém persistem, por maioria, em acreditar que podem mudar um canalha. Conhecem o cara, em poucos minutos já sabem com quem estão lidando, mas… Ficam com aquela história infantil do – “Ah, mas eu vou dar um jeito nele”! Ninguém dá jeito em ninguém, senão na salinha dos fundos… Um sujeito que mostra nos primeiros momentos de namoro que é prepotente, arrogante, mandante, proibidor, é antes de tudo um “caído”, e tenta se impor pela violência. Ninguém muda ninguém, quanto tempo vamos esperar para que as pessoas “descubram” essa verdade tão velha quanto Adão e Eva? Só nós mesmos podemos dar um jeito em nós. Muito da infelicidade humana vem de as pessoas não aceitarem as coisas como elas são. Querem mudá-las. Vão perder tempo, adoecer ou ter um final bem dramático… É abrir o olho e entender que as coisas são como são, e as únicas que podemos mudar são as nossas encrencas emocionais. Essas sim, só dependem de nós. Vem dessas verdades a necessidade de os pais educarem “severamente” seus filhos nos primeiros cinco anos de idade, depois disso é perda de tempo e correr atrás do vento. As coisas são como são, amigas, e estou falando das coisas/homens. Engraçado, os homens que batem em mulheres não batem em caras do tamanho deles, ô, caem foram rapidinho. Ah, mulheres, conheçam cedo, bem cedo, os futuros sogros, eles já vão revelam muito…

MÉDICOS

Dia destes foi o Dia do Médico. Num jornal, uma publicidade alusiva ao dia dos médicos dizia assim: – “Ser médico é uma missão divina, um verdadeiro sacerdócio…”. Já a manchete de ontem era esta: – “Diretor de hospital em São Paulo é exonerado após médicos serem acusados de bater ponto e ir embora”. Bater ponto e dar no pé, muito comum. E a missão divina? Ah, uma “consulta” na salinha dos fundos!

MISSÃO

Outra manchete sobre médicos, jornal paulista: – “Número de médicos aumenta 89%, mas distribuição geográfica é desigual”. Embaixo da manchete, lia-se: – “Dados do CFM mostram que Estados mais ricos mais que dobraram média de profissionais”. Pergunta ingênua, por quê? Ora, porque nos Estados mais ricos se ganha mais dinheiro… Missão divina e sacerdócio não combinam com pobreza?

FALTA DIZER

Ah, cara, te li de alto abaixo, tu queres que eu trabalhe de graça? Não, não disse isso, mas sempre preguei pelo trabalho amoroso, uma pegada pessoal com trabalho, seja o trabalho que for, jamais um trabalho só por dinheiro. Aliás, e os desembargadores, lá do meio do Brasil, que vendiam sentenças, sentenças favoráveis a vagabundos fora da lei, o que acontecerá com eles, hein, Justiça Brasileira?

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.