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Eleição em fevereiro de 2025 – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

23/10/2024 - 06:10

Em 1º de janeiro assume a nova safra de prefeitos eleitos e reeleitos em Santa Catarina para um mandato de quatro anos. Isso no primeiro dia do próximo ano.
Um mês após, exatamente em 1º de fevereiro, teremos a primeira eleição depois do pleito municipal. É uma eleição localizada para a nova mesa diretora da Assembleia.
Transcorrida a eleição municipal, já se observa uma nova queda-de-braço entre o PL e o PSD. O deputado Júlio Garcia, ao que tudo indica, deseja fazer o sucessor de Mauro De Nadal (MDB). Alguns especulam que ele próprio pode ser o nome. O colunista duvida que Garcia vá se arriscar, mas o fato é que dessa vez o próprio Jorginho Mello mergulhou de cabeça no processo sucessório do Legislativo Estadual e deseja fazer a maioria como consequência da nova composição do governo.

Ajustes à vista

Ao final do ano, ele fará ajustes no governo, aproveitando de dezembro para janeiro, prefeitos que elegeram seus sucessores e também recomposições, considerando o MDB e o PP, que tudo leva a crer, estarão com ele no projeto de recondução 2026.

Na proa

A partir da eleição da mesa, aí Jorginho Mello, que continua presidindo o PL em Santa Catarina, vai desencadear uma nova ofensiva na direção de prefeitos recém-empossados.

Arco partidário

Uma ofensiva que não implica necessariamente já na filiação deles no curtíssimo prazo ao PL, ou ao Republicanos, PRD ou ao Podemos. Essas filiações podem ocorrer em uma data mais próxima do pleito de 2026.

Alvos

O foco especial de Jorginho Mello será sobre prefeitos do PSD, partido que já saiu meio capenga das eleições, elegendo 41 prefeitos. O PP fez 53.

Envergadura

O PP progressista elegeu apenas prefeitos apenas em médias e pequenas cidades. Já o PSD preservou Criciúma, Chapecó, São José e Florianópolis. É verdade.
Só que a Capital não conta. Essa vitória está na conta do governador. Simples assim. Sobra o tripé para o PSD. Chapecó, São José e Criciúma.

Assédio

Agora, cidades de médio e pequeno porte, os prefeitos serão assediados pelo governador. Já tem prefeito apalavrado antes mesmo de tomar posse. A ideia de Jorginho Mello é trazer no mínimo uma dezena de eleitos pelo PSD. Como Topázio já não entra nessa contabilidade, a legenda iniciará 2025 com 40 prefeitos.

Se tirar mais 10, vão sobrar 30. Ou seja, o PSD ficaria disputando com o PSDB e o União Brasil em termos de número de prefeitos.

Balcão

Segundo Jair Bolsonaro, em entrevista nesta semana, o PSD é um partido especialista em fazer negócios. E como está pegando muito mal essa pecha em um Estado essencialmente conservador e potencialmente bolsonarista, os prefeitos já estão de nariz torcido.

Eixos

Tem liderança de direita se preparando para buscar outro eixo. Porque o chefão Gilberto Kassab, do PSD, está agora reivindicando o quarto ministério do governo Lula. E Lula é Lula. Lula é PT. Fez 30% dos votos contra 70% de Jair Bolsonaro em 2022.

Conversa mole

E não adianta vir com a lorota de que os prefeitos não querem entrar em rota de colisão com o governo federal. A verdade é que eles não podem esperar nada da União. Os prefeitos querem é um bom relacionamento com a administração estadual. Aí que entra justamente o cacife de Jorginho para fazer com que o PL bata nos três dígitos de prefeitos.
Elegeu 90. Bastam uma dezena.

 

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