O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 37ª Promotoria de Justiça de Florianópolis, entregou, nesta terça-feira (15), à Vara do Tribunal do Júri da comarca, uma denúncia contra o segurança Gean Carlos dos Santos e o PM Rafael Azevedo de Souza, que atuava irregularmente como segurança, acusados de matar Thiago Kich de Melo, 28 anos, após um desentendimento dentro da boate Sex Night, na região central de Florianópolis.
Conforme os autos, após uma discussão sobre o valor da conta do cliente, Gean Carlos contratado pelo estabelecimento, entrou em luta corporal com a vítima. Em seguida, Rafael se envolveu no conflito e atirou contra a vítima. Thiago foi baleado e brutalmente pisoteado até morrer no local.
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Na denúncia, o titular da 37ª PJ da Capital, Promotor de Justiça Jonnathan Augustus Kuhnen, alega que o policial militar utilizou um recurso que dificultou a defesa da vítima, surpreendendo-a durante uma briga com uma terceira pessoa ao atirar em curta distância e atingi-la em uma parte vital. A ação do militar teria colocado em risco a vida das pessoas que estavam no local, resultando em perigo comum, já que havia aglomeração de pessoas ao redor da luta corporal e o local era pequeno.
Com relação ao segurança que iniciou o conflito, Kuhnen sustenta que o denunciado empregou meio cruel ao pisotear a vítima em uma região vital (cabeça), ao menos seis vezes, logo após ser atingida por um tiro. O ato, segundo o promotor de Justiça, revela uma brutalidade imoderada, que gerou sofrimento desnecessário à vítima.
Com o aceite da denúncia formulada pela 37ª Promotoria de Justiça, os dois denunciados assumirão a condição de réus e serão submetidos a julgamento perante o Tribunal do Júri.