Pergunta sem resposta – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

17/10/2024 - 07:10

Sim, fiz uma pergunta a mim mesmo e fiquei sem resposta. Perguntei-me se eu continuaria lendo o que leio, buscando notícias várias vezes ao dia no celular, assistindo a telejornais, lendo quatro jornais por dia se eu ganhasse sozinho na Mega-Sena… Fiz a pergunta e vacilei na resposta, afinal, o meu “garimpo” diário buscando saber das novidades é extenuante, sim, mas indispensável e gratificante para a cidadania, mas eu continuaria a fazer isso com os bolsos cheios de dinheiro? Fiquei sem resposta. E quando ficamos sem resposta, a resposta já está dada: sim, continuaria fazendo o mesmo que faço, afinal, ser rico e ignorante é trágico. E era aqui que eu queria chegar, todos sabemos o que temos que fazer em certos momentos. Os vacilantes sabem o que fazer, mas têm medo da reação ao que desejam. Dou logo um exemplo. Acabei de ler num site de notícias: – “Tipos de pessoas que você deve evitar”. A proposta é tão ingênua que nem merece resposta ou contestação. Bolas, todos sabemos dos tipos de que não gostamos, a questão é que muitos aceitam esses tipos por um interesse ou por outro, como fazem muitas “namoradas”. O cara não presta, revela-se por todos os poros, todavia, ela silencia, aceita o cara e depois reclama? De ingênuos os porões da vida estão lotados. Outra proposta, disponível num portal de jornalismo, anuncia: “Psicoterapia para casais”. Diga-me se pode, leitora? Quando os pombinhos estão a ponto de fazer terapia de casais, deu pra bola! – “Ah, mas tu és muito negativo, cara, uma psicoterapia faz bem”! Concordo, faz bem para a pessoa isoladamente, não no caso dos casamentos, onde o elo, o vínculo, tem que ser numa argola só, um meio a meio resultando em nota 10… Caso contrário, tchau, amor! E o que dizer dos influenciadores safados, ordinárias, ensinando a ficar rico? Não existe linha reta, ensinos acadêmicos, nada, que transforme um paspalho em rico, próspero, esse “instinto” é da pessoa, haja vista a biografia dos bem-sucedidos, é só procurá-las e lê-las. Não há diploma na parede que nos enriqueça, nos dê ética e vergonha na cara, ou isso é nosso, vem da educação da primeira infância ou neca, peteca! É correr atrás do vento. Mas, como há bobo para tudo, vamos lá, mentiras “enriquecem” ou dão votos…

SAFADEZA

Olhe o que os omissos inventaram. A safadeza veio dos Estados Unidos, inventaram uma tal de Educação Positiva, que significa simplesmente deixar as crianças livres, que façam o que quiserem. Só que esse tipo insano de omissão dos pais está levando professores à loucura em sala de aulas e os próprios pais às delegacias. Sem essa, criança faz o que tem que fazer, dentro da disciplina rigorosa e todas as cordas puxadas, ué, gente! Educação Positiva? Com pais “pombinhos”?

SONHO

Já que o mundo está fora da casinha, quem sabe alguém invente a qualquer momento uma Educação Positiva para os adultos, os tresloucados que andam por aí… Muitos dos adultos são prepotentes, acham-se os tais, pensam que são autoridades, ricos, mandam na cidade, isso e aquilo. Pobres diabos da vida. Educação significaria um novo ar para respirar, conceitos equilibrados e vida respeitosa. Prrrimmm. Acordei, estava sonhando!

FALTA DIZER

Antes do julgamento, puxemos o freio. Muitas pessoas vistas como antipáticas são educadas e generosas, outras, vistas de longe como simpáticas são safadas e ardilosas… É bom puxar o freio dos conceitos ditados de longe e pela visão. Vale, e muito, para os namoros e posteriores casamentos. Nem tudo que parece é…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.