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Participação de trabalhadores acima dos 60 anos cresce 63% no Brasil nos últimos 12 anos, diz IBGE

foto: Freepik

Por: Pedro Leal

14/10/2024 - 19:10 - Atualizada em: 14/10/2024 - 19:16

De 2012 a 2024, a participação de pessoas com mais de 60 anos de idade foi a que mais cresceu no mercado de trabalho do país entre todas as faixas etárias.

O crescimento no período foi de 63%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na faixa dos 18 aos 24 anos, houve queda de 9%. Na de 25 a 39, aumento de 7%. E na de 40 a 59, salto de 29%.

As principais causas para o aumento foram o trabalho em cargos de baixa qualificação profissional e as atividades sem carteira assinada.

A taxa de informalidade entre os maiores de 60 é de 53,5%, a maior de todas as faixas etárias, segundo o IBGE. De 18 a 24 anos, é de 41,7%; de 25 a 39 anos, 34,5%; de 40 a 59 anos, 37,5%.

No mercado formal, o Brasil tem 3 milhões de trabalhadores 60+, o que representa 6% do total de contratos CLT no país.

Em parte, o crescimento da participação destes profissionais no mercado também se deve ao aumento da longevidade: muitos permanecem trabalhando para se manterem ativos.

A consultora Amanda Diaz diz que a presença de trabalhadores 60+ contribui com ambientes de trabalho inclusivos. “Pessoas com mais de 60 anos promovem a diversidade e também trazem riqueza de experiência, sabedoria e maturidade para as equipes”, disse ao Correio Braziliense.

Amanda avalia que contratar estes trabalhadores “pode enriquecer o ambiente de trabalho, além de promover uma cultura organizacional mais inclusiva e respeitosa para todas as gerações”.

O Brasil tem 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que representa cerca de 15% da população. A projeção do IBGE aponta que, em 2050, este percentual será de mais de 30%: um a cada três brasileiros.

Especialistas em carreira e profissões têm alertado para a importância de o mercado de trabalho pensar esta parcela da população como naturalmente ativa. “Fica difícil sustentar aquela ideia de que 40 é velho, 50 é velho, 60 é velho”, disse Gisela Castro, professora da Fundação Getúlio Vargas, ao Jornal Nacional.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).